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Ibiporã
Postado dia 24/05/2013
Audiência sobre o trem Pé Vermelho será dia 20 de junho
do Bonde
No próximo dia 20 de junho, será realizada a audiência pública para apresentação do Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental do trem de passageiros batizado de "Pé Vermelho". A reunião será no Teatro Félix (Avenida Curitiba, 1215), em Apucarana, a partir das 10 horas.
A proposta é que o trem seja implantado no trecho entre Paiçandu e Ibiporã, contemplando 13 cidades do Norte do Paraná, num total de 152 quilômetros de linha férrea, numa região que concentra cerca de 1,75 milhão de habitantes.
A audiência é uma etapa jurídica e tecnicamente indispensável para o processo de outorga da linha, conforme explica Luiz Antônio Aranovich, geólogo do Labtrans, Laboratório de Transporte e Logística da Universidade Federal de Santa Catarina, responsável pelo estudo.
Após ser finalizado, o estudo foi encaminhado ao Ministério dos Transportes, e somente agora foi liberado para apresentação e discussão. Conforme adianta Aranovich, o parecer do Ministério foi favorável ao projeto, cujos estudos já haviam apontado sua viabilidade.
A audiência pública, sustenta Aranovich, é uma etapa de extrema importância para esclarecimento e discussão com todos os envolvidos e interessados no projeto.
Participação é fundamental
O presidente da Agência de Desenvolvimento Terra Roxa Investimentos, José Carlos Valêncio, ressalta a importância da participação da população e das instituições neste momento.
"Esta é mais uma etapa importante e necessária de se cumprir em prol do projeto. Sem ela, não podemos avançar nos próximos passos, que demandarão cada vez mais articulação da região e suas lideranças políticas, junto aos governos estadual e federal", esclarece Valêncio.
Rejane Karam, coordendora de programas e planejamento da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística, também destaca a importância dessa etapa do processo e diz que "o Governo do Paraná vai trabalhar para que se viabilize os investimentos federais do Trem Pé-Vermelho".
Discussão iniciou há mais de uma década
O projeto do Trem Pé Vermelho teve início em 2000, quando o Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ) avaliou 64 rotas ferroviárias abandonadas em todo o País. Após análises, 13 destinos foram destacados, entre eles dois no Sul do País: trecho Bento Gonçalves-Caxias do Sul (RS) e Londrina-Maringá.
Por volta de 2007, a Agência Terra Roxa iniciou as discussões e articulações para debates mais profundos sobre a implantação deste meio de transporte na região e em 2009, o Ministério dos Transportes contratou o Labtrans para realizar os estudos necessários para dar prosseguimento ao projeto.
Segundo Aranovich, os estudos só foram concluídos em 2012 porque não havia nenhum modelo a ser seguido. "Não tínhamos nenhum exemplo a seguir. Foi um estudo piloto e que, inclusive, servirá como modelo para os demais trechos", informa.
Alternativa
O Trem Pé Vermelho será um trem regional de passageiros, com função de ligar, via ferrovia, o eixo Ibiporã-Paiçandu, como alternativa de transporte público da região.
De acordo com pesquisa feita pelo Labtrans, em 2011, em conjunto com as universidades estaduais de Londrina e Maringá (UEL e UEM), mais de 60% dos passageiros de ônibus e 43% dos viajantes de automóvel que transitam diariamente entre Ibiporã e Paiçandu aceitariam trocar o transporte atual pelos trilhos.
A região concentra cerca de 44 mil empresas em operação, sendo 8.400 indústrias e 23 complexos industriais. Há fortes clusters industriais, em áreas como a moveleira, de alimentos, têxtil e agrobusiness. As empresas de tecnologia de informação também têm se destacado na região.
Também há alta concentração de faculdades devido à necessidade de mão de obra qualificada nas empresas, o que ocasiona alta mobilidade de estudantes e acadêmicos de vários cursos superiores entre as cidades.