Da estratégia de advogados e testemunhas da fraude do concurso da Câmara de Assaí

Tem sido lamentável o comportamento dos advogados Francielle Calegari de Souza e Yoshinori Fucuda, assim como das testemunhas Estela Maris Rosseto e Rodrigo Vinicius Torres Rocha, durante audiência de ação civil por improbidade administrativa, que investiga irregularidades envolvendo o concurso público da Câmara municipal de Assaí (PR), realizado em 29 de março de 2009.

Ao invés de questionarem a mensagem (se os envolvidos fraudaram ou não o concurso público do Poder Legislativo), decidem atacar a pessoa do mensageiro (aquele que levou os fatos ao conhecimento da Promotoria de Justiça).

O responsável pelo site Revelia havia anulado, na Justiça, tentativa da Câmara Municipal de realizar concurso fraudulento em junho de 2007. No entanto, em novo certame, de março de 2009, contratação da empresa Contec Assessoria e Consultoria, de Abatiá (PR) se deu mediante uma série de irregularidades, e o caso foi parar na Vara da Fazenda Pública da Comarca de Assaí.

Segundo a testemunha Estela Maris Rosseto, o editor do Revelia teria dito que se não passasse em primeiro lugar, iria impugnar aquele concurso público. Ao ser indagada pela advogada Francielle Calegari de Souza, sobre "qual a impressão que as pessoas têm dele de boa conduta lá na cidade", a testemunha Estela responde que, "boa conduta, eu não vejo que ele tem; faz muitas denúncias".

Já o também causídico Yoshinori Fucuda perguntou à testemunha: "ele costuma plantar encrencas". Teve então, de Estela, como resposta: "sim".

Ainda que não tenha feito as provas, pois ficara sabendo só depois do concurso, a testemunha Rodrigo Rocha afirmou que foi chamado como testemunha, pelo conhecimento das pessoas (Jocilei e Rosângela), por saber da idoneidade delas, as quais "nunca vi envolvida com coisa errada".

Também em uma situação vergonhosa, o advogado Yoshinori Fucuda ao mencionar sobre suposta idoneidade dos réus (Jocilei e Rosângela), ainda indagou a Rodrigo Rocha sobre o editor do site Revelia, se pessoa correta, honesta, se está longe de encrencas, se tem boa formação ético-moral. A tal indagação, Rocha respondeu "não".

Pelo que se percebeu de depoimentos das testemunhas, os advogados de defesa tentam criar tese de que Tribunal de Contas do Estado havia homologado o concurso público por não haver irregularidade alguma, e ainda que a investigação sobre improbidade administrativa estaria relacionada a quem prestou e não foi aprovado naquele certame.

Confira a seguir:

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