Norte do Paraná

Postado dia 26/06/2024 às 05:27:37

Ex-vereador Hugo Duarte omite a verdade sobre fraude no concurso da Câmara de Assaí

Durante depoimento em ação civil por improbidade administrativa, que investiga irregularidades no concurso público de 29 de março de 2009, da Câmara Municipal de Assaí (PR), o ex-vereador Hugo Márcio Duarte repetiu por várias vezes "não tenho conhecimento", não me lembro" e "não me recordo". Além disso, ele omitiu alguns fatos, o que se traduz por ligeiras mentiras.

Ainda em 18 de junho de 2007, a Câmara de Vereadores já havia tentado realizar concurso público. No entanto, houve suspensão do certame às vésperas da prova e, finalmente, sua anulação pela Justiça. Motivo é que, ao adotar critérios muito subjetivos nas provas, buscava-se prestigiar quem já atuava por lá em cargos comissionados, no caso, Jocilei Pessoa e Rosângela Aparecida Alves.

Indagado pela juiza Nara Meranca Bueno Pereira Pinto, da Vara da Fazenda Pública da Comarca de Assaí, se O "senhor ficou sabendo das regularidades que foram levantadas pelo Ministério Público na época da organização dos concursos? Alguma conversa, algum questionamento meio da comissão, dos requeridos ou de terceiros, sobre eventual regularidade na formação desse procedimento", Hugo Duarte respondeu que "não".

Tal versão não corresponde à verdade dos fatos, porque, diante de informações sobre irregularidades cometidas pela empresa Contec em outras localidades do Norte do Paraná, o também vereador Darlan Rodrigues Araújo defendia que a comissão do concurso fosse formada também por integrantes da bancada de oposição da Câmara Municipal.

Diferentemente do alegado por Hugo Duarte, de que "até onde eu sei, correu tudo normalmente", o concurso público de 2009 apresentou irregularidades desde a primeira hora, de todos os atos daquele certame realizado em 17 de fevereiro de 2009.

Durante a audiência judicial, Hugo Duarte também foi indagado pelo advogado Yoshinori Fucuda se o editor do site Revelia, responsável por provocar o Ministério Público para proposição daquela ação civil por improbidade administrativa, "ia sempre na Câmara Municipal. Daí o vereador respondeu que "eu já vi ele algumas vezes".

Ocorre que há vídeos datados de pelo menos 4 de março, 1° e 25 de abril, 23 de maio e 10 de junho de 2009, assim como inúmeras matérias veiculadas pelo site, atestando que o editor do Revelia era próximo da Câmara de Vereadores, cujos membros tinham plena ciência daquelas irregularidades. Inclusive após sessões legislativas, todos iam a algum restaurante ou pizzaria, ainda com a presença da imprensa.

Confira a seguir:

 


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