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Postado dia 17/08/2015 às 19:15:28

Assis Chateaubriand é cenário de curta-metragem que estreia em Hollywood

Eu queria fazer um filme que pudesse ser filmado em Assis Chateaubriand e usar a paisagem rural, e principalmente o céu, como pano de fundo”, foi essa vontade que levou o fotógrafo paranaense Luiz Maximiano a escrever e dirigir o curta-metragem “O Céu Sobre os Teus Ombros”, que tem como cenário a região oeste do Paraná. O filme estreia na segunda-feira (17), no festival HollyShorts Film Festival, em Hollywood, nos Estados Unidos.

O curta-metragem conta a história de um homem que se perde em uma estrada isolada. Já atrasado para um compromisso, ele vê o carro quebrar e decide seguir a pé o resto da viagem. No caminho, uma série de estranhos eventos acontece. A produção tem 15 minutos de duração.

Ao todo, foram cinco dias de gravações. Nem sempre, porém, o céu no interior do Paraná se manteve claro. “Logo no primeiro dia de gravação caiu uma chuva muito forte e todos os carros ficaram atolados. Achei que o filme havia acabado ali. Tivemos que voltar à noite com um trator emprestado para tirar os carros do barro. No outro dia, surgiu um sol lindo e continuamos”, lembra Maximiano. A produção foi finalizada em São Paulo.

Além do cenário e do diretor, o curta-metragem tem atores paranaenses. O ator principal é o curitibano Lourinelson Vladimir, e o ator coadjuvante é Alexandre Helfer, de Toledo.
“O Céu Sobre os Teus Ombros”, estreia em um dos principais festivais de Los Angeles, nos Estados Unidos. “Eu fiquei feliz demais quando soube. Tem ótimos filmes lá, com orçamentos muito maiores que o nosso. É um excelente estímulo para quem está começando”, comenta o jovem cineasta.
O festival vai de 13 a 22 de agosto, no Chinese Theater, em Hollywood Boulevard, a sala de cinema mais famosa da cidade.

Primeiro filme
Essa é a primeira produção cinematográfica de Maximiano, que escreveu o roteiro no fim de 2014 e começou a gravar no começo de 2015. “No fim do ano passado, meu pai, que adora reformar carro antigo, comprou um Corcel GT 75 vermelho todo detonado. Quando eu o vi achei que seria perfeito usá-lo no filme. Disse para ele não lavar e nem consertar nada no carro. Iria usá-lo daquele jeito. Contribuiu para o caráter surreal do filme”, diz o fotógrafo.

O filme também foi uma oportunidade para descentralizar as produções cinematográficas no Brasil. “Eu sempre quis filmar em Assis Chateaubriand. Acho a paisagem linda e muito pouco explorada. É caro e complicado sair das capitais para fazer cinema, por isso quase tudo que se filma é feito nos grandes centros urbanos. No fim, Gabriel Rinaldi, diretor de fotografia, e Mariana Paoliello, diretora de arte, fizeram um trabalho fantástico para fazer justiça a essa paisagem maravilhosa e criar o universo do filme”, afirma.

Futuro
Luiz Maximiano morou em Assis Chateaubriand até os 18 anos. Hoje, com 37, mora em São Paulo e é formado em publicidade e propaganda. O encanto pelo cinema vem de longa data. “Quase fui estudar cinema depois que me formei. Só não o fiz porque surgiu a chance de ir morar e trabalhar em Amsterdam, na Holanda. Passei sete anos lá e durante esse tempo me tornei fotógrafo”, conta.

Maximiano já fotografou para revistas como Time Magazine, Newsweek, Playboy, Der Spiegel, Die Zeit, ESPN, Veja, Trip, GQ, Rolling Stone. Agora, ele deseja continuar se aventurando pelo cinema. “Já tenho algumas ideias para um ou dois curtas, mas não sei quando e nem como vou filmar isso. Meu desejo é cada vez mais viver de cinema”, conclui.

do Portal Medianeira


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