Norte do Paraná

Postado dia 08/11/2024 às 08:15:33

Porque oposição tem que eleger presidente da Câmara em Assaì

Ao conquistar três das nove cadeiras da Câmara de Vereadores de Assaí (PR), o Partido Liberal (PL) tem legitimidade para apresentar algum de seus nomes como candidato à presidência do Poder Legislativo local.

Do grupo fazem parte os vereadores reeleitos Carlos Júnior da Silva (641), Alessandro Cezar Torquato (com 621 votos) e Clésio Carlos Cruz (523). 

Principal aposta do prefeito também reeleito Tuti Bomtempo (PSD) é a condução de seu secretário de Saúde, Jorge Torquato Júnior (que obteve 799 votos) à função de futuro presidente da Câmara Municipal.

No entanto, tal situação não convém ao bloco de oposição, principalmente aos interesses do pròprio PL. Também não seria bom para a sociedade assaiense que o prefeito controlasse também o Poder Legislativo, por meio da eleição de seu correligionário para presidente daquela Casa de Leis.

 A oposição em administração municipal se mostra crucial para garantia de uma governança transparente e eficiente. Ela atua como um contrapeso ao governo, fiscalizando suas ações, sugerindo melhorias e impedindo que projetos prejudiciais sejam aprovados.

Uma oposição forte incentiva o governo a atuar de maneira mais responsável e atenta às necessidades da população. No entanto, tal bloco oposicionista deve se portar de forma mais inteligente e responsável do que aquela observada na atual legislatura (2021/2024).

Quando a câmara municipal elege um presidente diferente do grupo do prefeito, isso pode ser interpretado como um sinal de independência política. Isso significa que os vereadores têm  demonstrado autonomia e não estão alinhados automaticamente com as decisões do prefeito, o que pode levar a um mais equilibrado e democrático processo legislativo.

A importância disso reside na promoção de uma maior fiscalização e controle sobre o executivo, evitando a concentração de poder e favorecendo uma mais ampla representação dos interesses da população. Além disso, incentiva um diálogo mais construtivo e colaborativo entre os poderes Executivo e Legislativo, resultando em políticas mais equilibradas e justa.

Tais circunstâncias devem nortear o pensamento dos parlamentares assaienses que tomarão posse em 1º de janeiro de 2025: Juninho da Saúde (PSB), Juninho do Cartório (PL), Alessandro Torquato (PL), Clésio Cruz (PL), Neuza Costa de Souza (PSD), Rosano Custódio (PSD), PC Caminhoneiro (PSB), Raidar Chehade (PODE) e Paulinho Hara (PSB). 


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