A ocorrência foi atendida inicialmente pela Guarda Municipal, que ouviu a mulher e a encaminhou para Central de Flagrantes. Ela foi liberada depois da formalização de um boletim de ocorrência por injúria racial. A PC-PR afirmou que o caso será investigado.
A vítima foi o segurança Marcelo Dias. Ele disse que a mulher fez vários comentários racistas em sequência, e que ele ficou extremamente constrangido.
"Ela chegou, falou 'é, agora tem um preto aqui na câmara. Eu não posso mais chamar vocês de negro, tem que ser preto'. Aí ela pegou e falou que não comeria feijão preto porque faria mal pra ela. Depois, falou que 'quando um negro não * na entrada, * na saída [...] No momento eu confesso que eu fiquei sem chão, sem reação nenhuma".
O que disse a Câmara
Em nota, a Câmara de Vereadores afirmou que a suspeita estava na Casa de Leis para participar de uma audiência pública. As ofensas ocorreram, de acordo com a instituição, após a mulher solicitar um copo de água e ser atendida por Marcelo, que é funcionário terceirizado.
A câmara repudiou o caso, e afirmou que a mulher fez comentários preconceituosos e de cunho racial de maneira sequencial, só interrompendo as ofensas após a chegada de outro visitante.
"Eu sempre brinquei com as pessoas, ninguém nunca levou a mal. A primeira pessoa que levou a mal foi ele agora. Mas eu não fiz isso por maldade nenhuma, então graças a Deus meu coração tá limpo porque não foi pra magoar ele, jamais. Nem ele nem as pessoas que são da cor [dele]. Peço desculpas por ele, porque ele levou do outro lado. Só tenho a dizer isso. Eu aprendi a lição", disse Anoema.
A CMC informou, ainda, que o segurança foi levado à delegacia acompanhado de um procurador jurídico da câmara.
A instituição disse que Marcelo receberá "apoio institucional da Câmara de Curitiba durante todo o desenvolvimento do caso".