O que diferencia perdedores e vencedores: a visão sobre os problemas

Problemas estruturais e conjunturais do Brasil afetam tanto perdedores quanto vitoriosos. Diferença é que, enquanto o primeiro grupo só visualiza problemas, a outra turma vê possibilidade de ganhar dinheiro inclusive propondo soluções para tais dificuldades.

Na década de 70, percebendo a dificuldade de barraqueiros em deixar seus negócios para adquirir matéria prima, o jovem Rodolfo Nagai - cuja família anteriormente morava em Assaí (PR) - começou a venda de produtos para pasteleiros de feira da região do bairro do Tatuapé, em São Paulo. Era o início da rede Assaí Atacadista, vendido em parte, em 2007 (60%), para o Grupo Pão de Açucar, quando o negócio apresentava faturamento de R$ 1,3 bilhão, e finalmente negociado o restante (40%), em 2009.

Em uma noite de muita neve, na capital francesa Paris, os jovens Travis Kalanick e Garret Camp tiveram dificuldade em encontrar um taxi. Os dois amigos juraram então resolver o problema com um novo aplicativo revolucionário. A premissa era muito simples: aperte um botão e pegue um carro. Daí nasceu a Uber, avaliada atualmente em aproximadamente 100 bilhões de dólares.

No final de 2006, viajando de ônibus entre Boston e Nova York, o jovem Drew Houston - então com 24 anos de idade - queria usar aquele tempo para trabalhar em algumas ideias de negócios que já esboçara. Mas daí ele percebeu que havia deixado para trás cartão de memória que continha todos os arquivos. Aquela situação fez com que idealizasse uma maneira de nunca ter semelhante problema. Daí surgiu a Dropbox - serviço de armazenamento remoto que os usuários podem acessar online onde quer que estejam -, em parceria com o sócio Arash Ferdowsi. Empresa vale hoje cerca de 10 bilhões de dólares.

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