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Postado dia 12/06/2019 às 21:31:43

Maior parte da carne do futuro será criada 'in vitro' ou com produtos vegetais

A maior parte da carne que vai ser consumida em 2040 não será produzida a partir do abate de animais: será criada "in vitro", a partir de células animais, ou através de substitutos vegetais com um aspeto e um sabor semelhantes aos da carne.

A previsão é da consultora AT Kearney, que divulgou esta quarta-feira um relatório sobre o impacto ambiental da produção de carne e as preocupações da sociedade em relação a este assunto.

O documento revela que há uma preocupação crescente em relação aos efeitos negativos da indústria pecuária e que os novos substitutos da carne convencional vão ganhar cada vez mais espaço no mercado de consumo.

A indústria pecuária em grande escala é vista por muitos com um mal que não é necessário. Com as vantagens que trazem a carne vegan e a carne cultivada in vitro em relação à carne produzida de forma convencional, é apenas uma questão de tempo até estes produtos conquistarem uma fatia substancial do mercado”, sublinha o relatório.

O impacto ambiental da indústria pecuária, quer ao nível da poluição e das alterações climáticas, quer em relação à destruição de habitats naturais, tem sido muito documentado em estudos científicos recentes.

Ora, o relatório da AT Kearney sublinha que há uma maior consciencialização das pessoas para estas questões e que a mudança de hábitos através da redução do consumo de carne ou da adoção de regimes alimentares vegetarianos ou vegan são “inegáveis”.

E há já várias empresas, focadas na produção de substitutos de alimentos de origem animal, que têm crescido a bom ritmo, embaladas por esta maior conciencalização. São os casos de empresas como a Beyond Meat, a Impossible Foods ou a Just Foods, que usam produtos vegetais na criação de substitutos da carne e dos ovos.

A Beyon Meat, por exemplo, é um dos maiores casos de sucesso: a empresa norte-americana, pioneira no fabrico de carne vegan, abriu capital em Wall Street em maio, a 25 dólares por ação (cerca de 22 euros), numa operação em que captou 252 milhões de dólares (222 milhões de euros).


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