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Postado dia 31/05/2017 às 01:38:46

Falar sozinho faz bem. Referir-se a si mesmo na 3ª pessoa, mais ainda

Falar sozinho não é coisa de louco e, na verdade, faz muito bem à saúde. Inclusive, estudos mostram que os diálogos solitários permitem que escutemos a nós mesmos e assim ajudam a melhorar a concentração e organização dos pensamentos e até mesmo recuperar memórias e criar autoconfiança.

Memória

Um estudo da faculdade mostrou que falar o nome de um objeto em voz alta enquanto o procura ajuda a encontrá-lo mais rapidamente. Segundo os pesquisadores, dizer uma palavra em voz alta ajuda o cérebro a ativar informações relacionadas ao objeto em questão, até mesmo imagens. “Não é algo que se faz irracionalmente. Você não sabe tudo o que vai dizer”, explicou à Gary Lupyan, professor envolvido no estudo, à rede britânica BBC.

“Dizer um nome em voz alta é uma poderosa ferramenta de recuperação”, destacou Lupyan. “Pense nisso como uma placa apontando para um pedaço da informação na mente. Ouvir o nome exagera algo que normalmente acontece quando você pensa em alguma coisa. A linguagem impulsiona este processo”.

Confiança

Outra pesquisa, da Universidade de Michigan, indicou a importância de conversar sozinho para a autoconfiança e a capacidade de enfrentar desafios. No entanto, é preciso utilizar as palavras certas, isto é, os pronomes certos.

Os pesquisadores realizaram uma série de testes com pessoas descrevendo suas experiências emocionais, mas referindo-se a si mesmas na terceira pessoa. As pessoas usavam palavras como “ele”, “ela”, “você” ou seus próprios nomes para contar suas histórias.

O experimento mostrou que falar sobre si mesmo na terceira ou segunda pessoa ajuda a controlar melhor os sentimentos e evitar a ansiedade.

Em outro estudo, publicado no periódico científico Harvard Business Review, Ethan Kross, líder da equipe de pesquisa, pediu para que os participantes utilizassem a técnica ao se prepararem para um discurso. Os voluntários que seguiram o indicado relataram maior confiança e tranquilidade do que os que usaram a primeira pessoa nas falas.

“Nossos achados são apenas uma parte de pesquisas mais amplas em curso que estão mostrando que isto tem implicações de longo alcance”, explicou Kross.

de VEJA


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