Norte do Paraná

Postado dia 16/04/2017 às 19:00:25

Após recorde de soja, Integrada se prepara para receber milho

O produtor fez uma safra volumosa e de qualidade indiscutível, o que está reverberando no recebimento de grãos das cooperativas. A Integrada - em 22 anos de história – recebeu (quase finalizado) pela primeira vez um volume superior a um milhão de toneladas de soja em suas unidades. A expectativa exata é de 1,1 milhão de toneladas da oleaginosa, 1% das 110 milhões de toneladas que se espera produzir no País. O recorde era de 2015, com 800 mil toneladas. 

O gerente de divisão comercial da cooperativa, João Bosco de Souza Azevedo, confirma que a demanda foi tão intensa que em algumas unidades tiveram dificuldades principalmente no recebimento e padronização do produto. Hoje a capacidade estática da Integrada é de 960 mil toneladas. "Em alguns locais tivemos problemas para o recebimento e em outros no armazenamento. Quase tivemos que entrar com os silos-bolsas. No ritmo que estávamos, se tivéssemos estrutura, poderíamos ter absorvido pelo menos mais 200 mil toneladas de soja". 

Mesmo com todos os desafios da armazenagem, Bosco não tem do que reclamar. "Eu considero este um "problema bom". No ano passado, com as chuvas, tivemos uma quebra no recebimento e na qualidade do produto, o que dificultou inclusive a comercialização, uma situação bem mais complicada. Mais uma vez o produtor investiu muito na tecnologia da colheita. O processo está bem mais rápido e precisamos estar preparados para isso". 

O próximo passo agora é deixar tudo muito alinhado para o recebimento do milho safrinha, segundo o gerente, bem mais complexo, porque necessariamente o cereal precisa passar pelos secadores devido à umidade, o que deixa o processo lento. "Se tivéssemos estrutura, poderíamos receber no mínimo 50% a mais de milho comparado à soja. Mas o nosso objetivo é atingir a marca de um milhão de toneladas. Estamos nos preparando para a safra de inverno, inclusive com diversos mecanismos de negociação para a comercialização da soja de forma mais eficiente". 

No que diz respeito a investimento em unidades que passaram por mais dificuldades estruturais nesta safra, Bosco comenta que será feito um levantamento técnico e, posteriormente, uma análise para saber como a situação pode ser melhorada. "Uma situação clara para nós é que as linhas de crédito para armazenagem precisam favorecer mais as cooperativas, inclusive com um maior período do financiamento, saltando de 10 para 15 anos".

da Folha de Londrina


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