Dos cálculos que o PL faz para lançar candidato a prefeito em Assaí

Cada pleito municipal gira em torno do fortalecimento de determinado candidato ou grupo político para as eleições gerais (estadual e nacional), que acontecem dois anos depois, e vice-versa.

Por isso, na definição de seu candidato a prefeito de Assaí (PR), em 2024, o Partido Liberal (PL) avalia também o impacto de tal escolha para as eleições de 2026.

Ainda que vença ou perca a disputa de 06 de outubro, o PL deve obter expressiva votação nesse ano, aumentando assim seu capital eleitoral. O partido tem hoje cinco vereadores com mandato, e poderia ainda garantir uma boa bancada com a disputa dos próximos meses. Esse pessoal desempenharia importante papel como cabos eleitorais para seus candidatos a deputado federal e estadual daqui dois anos.

A aposta seria que o candidato saísse entre os vereadores Alessandro Cezar Torquato, Clésio Carlos Cruz e Rafael Gouveia Greca, e ainda ex-vereador Diego Viana, grupo esse mais alinhado ao bolsonarismo e aos deputados estadual Ricardo Arruda e federal Filipe Barros. Daí ainda que não se elegesse nesse ano, ganharia visibilidade e fortaleceria seu nome para 2028.

O PL não deve então lançar o ex-prefeito Luiz Alberto Vicente, o Mestiço, como candidato a prefeito pela legenda, pois seus interesses diferem daqueles das principais lideranças da legenda em Assaí. Ele também mantém proximidades com os deputados Tiago Amaral e Beto Richa, e ainda certa animosidade em relação a Ricardo Arruda e Filipe Barros, principais lideranças do Partido Liberal no norte do Paraná.

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