Com a aprovação das contas, Moro está apto para diplomação dos candidatos eleitos no Paraná, solenidade que está marcada para 19 de dezembro no TRE-PR.
Prestação de contas
As contas de Moro na Justiça Eleitoral foram contestadas pelo menos duas vezes pelo TRE-PR, que apontaram inconsistências nas informações prestadas, chegando a recomendar a reprovação das contas do senador eleito.
Uma contestação foi do início de novembro, quando a Justiça Eleitoral determinou que o ex-juiz reapresentasse as contas eleitorais, alegando inconsistências de informação e documentos exigidos, mas que não foram entregues.
No parecer, constava que Moro descumpriu a entrega dos relatórios financeiros de campanha no prazo estabelecido pela legislação eleitoral em relação a 12 doações, que somam R$ 137,5 mil.
O documento também apontou que a campanha não entregou extratos de contas bancárias usadas para movimentação de recursos do Fundo Partidário, do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) e também de recursos com outras origens, além de documentos fiscais "que comprovem a regularidade dos gastos eleitorais realizados com recursos do Fundo Partidário".
Outra contestação ocorreu no fim de novembro, quando a área técnica da Justiça Eleitoral voltou a apontar falhas e se manifestou pela reprovação da prestação de contas.
O reforço ao pedido de reprovação veio após a análise de uma retificação das contas apresentadas pela equipe de Moro. Na época, a área técnica manteve 10 apontamentos, entre gastos não explicados e ressalvas.
No processo, a defesa de Moro afirmou que "as inconsistências são meramente burocráticas e não comprometem a regularidade e segurança das contas de campanha".
Ex-ministro de Bolsonaro
Moro foi ministro da Justiça e Segurança do presidente Jair Bolsonaro (PL), mas deixou o governo em abril de 2020 acusando o presidente de tentar interferir na Polícia Federal para proteger a família e aliados de investigações.
Após a saída, Moro fez ainda uma série de outras acusações contra Bolsonaro, antes de se reaproximar publicamente do presidente – o que aconteceu após o 1º turno da eleição deste ano