Política

Postado dia 24/11/2022 às 14:59:56

Deputado eleito diz que foi 'tratado como bandido' na Assembleia do Paraná

Vereador de Curitiba diz ter sido alvo de policiais militares enquanto acompanhava votação na Alep 

O vereador de Curitiba e deputado estadual eleito Renato Freitas relata ter sido vítima de ação discriminatória por parte de policiais militares dentro da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), enquanto acompanhava votação que pode resultar na privatização da Companhia Paranaense de Energia (Copel), na tarde desta quarta-feira. O político disse ter sido ameaçado por dois agentes que estavam à paisana. De acordo com o parlamentar, um deles teria sussurrado "fica de olho nesse aí".

"Fui tratado como bandido por Policiais Militares, dentro da própria Assembleia Legislativa do Paraná. Eu, Renato Freitas, deputado estadual eleito, chamado de suspeito e ameaçado no local para o qual fui eleito, isso é absurdo!", escreveu nas redes sociais. Na gravação, Freitas chama os agentes de covardes por não terem assumido o comportamento desrespeitoso.

— Isso é uma grave ofensa, como se eu fosse suspeito. Ficar de olho? Dentro de um lugar onde fui eleito pelo povo? — desabafou na frente de um dos representantes da casa que foram até o local da confusão, ainda nos corredores da Alep. 

 

A Polícia Militar do Paraná informou que foi acionada nesta quarta-feira, mas, diante da repercussão do caso, iniciou a investigação e analisa as imagens da Casa. Procurada, a Assembleia Legislativa não tinha se posicionado até a publicação desta reportagem. A assessoria de Freitas informou que todas as medidas cabíveis estão sendo tomadas nas esferas penal, cível e administrativa.

Neste ano, em duas ocasiões, Renato Freitas teve seu mandato cassado e restabelecido por liminar na Câmara Municipal de Curitiba. Ele sofreu um processo por quebra de decoro parlamentar após liderar a entrada na igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos de São Benedito, no centro histórico da capital, durante ato contra o racismo, em fevereiro deste ano.

O caso gerou comoção nacional e foi comentada inclusive pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). À época, o chefe do Executivo pediu a investigação dos responsáveis, e a Arquidiocese de Curitiba registrou Boletim de Ocorrência contra o vereador.

Na Câmara, os representantes curitibanos acusavam Freitas de quebra de decoro parlamentar. Ao GLOBO, ele justificou o processo como perseguição política e racismo.


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