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Política
Postado dia 03/02/2019 às 15:06:05
Prefeito afastado de Rolândia é absolvido em julgamento da Câmara
O prefeito afastado de Rolândia, no norte do Paraná, Luiz Francisconi Neto (PSDB), denunciado por cometer infração político-administrativa, foi absolvido no julgamento de sábado (2). A sessão começou às 17h e terminou por volta das 22h30.
Foram 6 votos favoráveis ao relatório da Comissão Processante (CP) e quatro abstenções. O relatório era favorável à cassação do mandato do prefeito afastado.
O relatório da Comissão Processante apontou que Francisconi Neto direcionou a licitação de um barracão da união para uma empresa, produziu um contrato simulado e negligenciou a defesa de bens e renda do município.
O vereador Irineu de Paula, presidente da CP, optou por não votar o relatório.
No momento do voto, Paula afirmou que foi orientado pelo partido PSDB, o mesmo do prefeito afastado, a votar pela absolvição. Como não concordou com a decisão da legenda, optou pela abstenção.
“Houve uma reunião com o partido do PSDB para orientar os vereadores a votarem pela absolvição, contudo não concordo e prefiro me abster da votação”, disse o parlamentar durante a votação.
Para a cassação, sete dos dez vereadores deveriam votar favoravelmente ao relatório da CP. Como isso não ocorreu, o caso foi arquivado.
Veja como cada vereador votou:
- Alex Santana (PSD) – a favor da cassação
- Reginaldo Silva (SDD) - a favor da cassação
- Edileine Vanzan Griggio (PSC) - a favor da cassação
- André Mariano Cardozo (PSC) - a favor da cassação
- Rodrigo da Costa Teodoro (SDD) – a favor da cassação
- João Manoel Ardigo (PSB) - a favor da cassação
- Irineu Moreno de Paula (PSDB) - abstenção
- Maria do Carmo Ferro Campiolo (PSDB) – abstenção
- Eugenio Serpeloni (PSD) - abstenção
- Leandro Olímpio (PSC) - suplente – abstenção
Câmara de Vereadores ficou lotada durante julgamento em Rolândia — Foto: Vanessa Navarro/RPC
O que disse o prefeito afastado
O prefeito afastado Luiz Francisconi Neto disse que não cometeu irregularidades e que vai provar a inocência na Justiça.
"Por enquanto não há culpados, há investigados. O Ministério Público é responsável por investigar e não por julgar. Essas acusações todas que fazem parte do processo não são verdade. A minha conduta à frente da prefeitura até 10 de setembro foi sempre de perguntar e tomar por base a legalidade e o financeiro. Nunca entreguei cheques, peguei dinheiro público ou dinheiro ilícito passou pela minha conta bancária", disse o prefeito afastado durante julgamento.
Comissão Processante
A Comissão Processante (CP) foi criada em 29 de outubro, após a deflagração da Operação Patrocínio, que investiga um grupo suspeito de receber vantagens indevidas em troca de alterações de contratos com a Prefeitura de Rolândia.
Luiz Francisconi Neto é réu em uma ação criminal. Ele foi denunciado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) por fraudes em contratos da prefeitura e desvio de recursos para campanha eleitoral. Desde setembro, ele está afastado do cargo por determinação da Justiça.
O vice-prefeito, Roberto Negrão, comanda a Prefeitura de Rolândia de forma interina.
do G1