Finanças e Negócios

Postado dia 18/12/2011

De boia-fria a um faturamento de R$ 300 milhões ao ano

Marco Franzato, do Grupo Morena Rosa

Até os 16 anos, Marco Franzato havia cursado apenas o ensino fundamental. Sua principal ocupação era ser boia-fria, colhendo café no interior do Paraná ao lado do pai. Quando uma forte geada destruiu as lavouras da região, a família se mudou para Cianorte em busca de emprego. Seu padrinho lhe ofereceu uma vaga como ajudante em um escritório de contabilidade.

Depois de voltar aos estudos e já casado, Franzato decidiu que era hora de seguir carreira-solo. Com a mulher e alguns amigos, abriu uma confecção e apostou no seu tino como administrador, no bom gosto da esposa e nas habilidades da cunhada, que era modelista.

Com os 8 mil dólares de um Monza que vendeu em 1991, Marco Franzato, atualmente com 52 anos, havia comprado tecidos. Dos tecidos, fez roupas. E das roupas, um conglomerado de moda que produz 230 mil peças por mês, distribuídas entre 3 500 multimarcas do país.

Do primeiro salão alugado de 80 metros, o Grupo Morena Rosa conta hoje com uma sede conta de 5.000 metros quadrados, tem quatro marcas, e previsão de faturamento de R$ 300 milhões em 2011.

O império do ex-boia-fria emprega mais de dois mil funcionários diretos, com um patrimônio que inclui ainda rádio, espaços para eventos, uma escola, uma coleção de carros antigos, o Cianorte Futebol Clube e o Instituto Morena Rosa de Desenvolvimento Humano, que já ofereceu atendimento jurídico, clínico e educacional a mais de 37 mil pessoas.

Em agosto desse ano, o Grupo Morena Rosa também inaugurou sua primeira loja em São Paulo, no Shopping Morumbi, resultante de investimento de R$ 2 milhões. Atualmente, a companhia tem uma loja em Balneário Camboriú (SC) e outra em Maringá (PR), e conta com 1.700 pontos de venda em todo o Brasil, que consomem a produção de 230 mil peças por mês.

Inspirado na experiência do ex-presidente José Alencar, que de família pobre chegou a construir a Coteminas, uma das maiores têxteis do mundo, também o empresário Marco Franzato pode vir a participar da vida política. Com a possível desistência de seu vice José Antônio Laguilo (PSDB) em concorrer à cabeça de chapa em outubro de 2012, o prefeito de Cianorte, Edno Guimarães, tem sondado o nome de Marco Franzato para a sucessão municipal.


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