Porque prêmio Comunidades Mais Inteligentes do mundo é uma farsa

Ao reconhecer a cidade de Assaí, no Norte do Paraná, como uma das sete comunidades mais inteligentes do mundo, a partir de dezenas de projetos, ações e iniciativas que existem apenas no papel, a premiação da organização IFC (Intelligent Community Forum), sediada em Nova Iorque (EUA), transforma-se em tremenda fraude.

Em site institucional daquela entidade, em relação a Assaí, consta um projeto bem elaborado e estruturado, com detalhes técnicos, de nomes de parceiros (como Adobe, Mastercard, StarSe, Alura), dados quantitativos (como número de estudantes e valores de investimentos), que acabam por reforçar a credibilidade do material.

Tais informações são consistentes, plausíveis e bem estruturadas, pelo menos na teoria, ao tratar de programas educacionais e de inovação, de parcerias com multinacionais, de iniciativas de cidadania digital, entre outros.

No entanto, o IFC se distancia da condição de instituição séria e de credibilidade, ao conceder premiação sem a devida validação de informações recebidas. Não há fontes públicas amplamente divulgadas que confirmem as ações descritas como já implementadas em Assaí.

Tendo a pequena cidade paranaense provocado tamanha revolução tecnológica, é de se estranhar que não exista reportagens em grandes veículos de imprensa (como G1, Folha, Estadão ou CNN Brasil) que confirmem publicamente a implementação de programas como o City Points Sunflower, Gov.Assaí – Nível 03 ou o Passaporte Estudantil (já tendo beneficiado 850 universitários).  

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