Só ajudo quem precisa e, principalmente, merece

Seguindo pelo Brasil, de Norte a Sul, por 21 capitais, já me deparei com muita gente pedindo isso e aquilo. Porém, não basta precisar de ajuda. Só ajudo quem precisa e, principalmente, merece.

Quando alguém vem vender algo, solicitar algo para comer ou algum dinheiro, já vou logo dizendo: 'nem me conte histórias tristes. Diga o que necessita, que respondo então "sim" ou "não"'.

Gente que pede uma moedinha, quaisquer centavos "que você tiver aí", a essa turma também nem dou a mínima. Discurso típico de quem busca algum trocado para cachaça e droga.

Jovem comercializando produtos em metrôs e ônibus, relatam histórias dramáticas, falam em nome de Deus, defendem que melhor estarem ali trabalhando do que roubando. Gente assim, nem presto atenção a seus discursos.

Mangueador profissional, ou seja, pedinte de carteirinha, conhece-se de longe. Há que se aprender a dizer "não", porque a pessoa por demais solidária se faz de boazinha, e acaba sendo trouxa, enganada por espertinhos.

Ninguém deve ajudar a outrem por obrigação e, sim, por escolha. Minha opção se mostra simples: só estendo a mão a quem demonstra dignidade, verdade e vontade de seguir em frente. 

Precisa e merece? Porque há mais verdade na postura e linguagem do pedinte do que em seu próprio relato prolongado de dramaticidade. Se merece, então ajudo. Caso contrário, sigo meu caminho.

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