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Ibaiti
Postado dia 01/10/2013
Usina de reciclagem vira lixão a céu aberto, dizem trabalhadores
do G1
Os trabalhadores de uma usina de reciclagem em Ibaiti, no norte pioneiro do Paraná, denunciam a situação em que a cooperativa de materiais recicláveis do município se encontra. De acordo com os trabalhadores, o local se transformou em um lixão a céu aberto. A cooperativa foi criada há um ano e deveria receber apenas o lixo reciclável, mas o local também está recebendo lixo orgânico.
Segundo a presidente da cooperativa de Ibaiti, Vânia Faustino Saguar, o material reciclável está sendo levado para o aterro sanitário e o orgânico indo para a cooperativa. O problema já foi denunciado ao Tribunal de Contas do Paraná, Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e Ministério Público do Paraná (MP-PR) pelo vereador Sidinei Robis de Oliveira (PTB).
Para receber o lixo doméstico, a estrutura deveria ter uma usina de compostagem, mas para isso, é necessário um aparelho que custa R$ 2 mil, segundo a prefeitura.
Outros problemas
Ainda de acordo com os trabalhadores, há também problemas com o pagamento do salário dos cooperados. A prefeitura deveria repassar cerca de R$ 13,5 mil por mês, mas, de acordo com os funcionários, o dinheiro sempre atrasa. Além disso, as condições de trabalho também são um problema. Os funcionários que trabalham na esteira de separação de lixo não utilizam equipamentos de proteção adequados, o que pode favorecer contaminações.
“Não tem máscara e a gente trabalha com luvas finas. Às vezes trabalhamos com as luvas rasgadas, furando os dedos nos cacos de vidro”, reclama cooperada, Maria Aparecida Pereira Rezende.
A Prefeitura de Ibaiti reconhece a falha e informou que o prefeito deve resolver o problema até janeiro de 2014. “Não temos catadores suficientes para fazer a coleta. Neste caso, a coleta é de responsabilidade da cooperativa. Tem o caminhão cedido pelo município e os cooperados vão junto com esse caminhão para realizar essa coleta que deve ser apenas do lixo reciclável”, explica o procurador-geral do município, Pablo Henrique Blanco Acosta, já que a prefeitura está sem secretário do Meio Ambiente.
Papel higiênico, fraldas, restos de comida e entulhos, por exemplo, são descartados junto com materiais que poderiam ser reaproveitados. Apenas a metade do lixo descartado no local chega a ser reciclado pelas famílias cooperadas. O restante é depositado em uma vala, que foi interditada há dois anos pelo Departamento de Meio Ambiente. O vereador que fez a denúncia diz que todo esse lixo está poluindo a principal nascente de rio da cidade.