Cornélio Procópio

Postado dia 17/09/2013

Turismo rural é nova alternativa de renda

Ivaldete
Marta

de Laiz Auriglietti

O norte do Paraná pode se tornar polo de turismo rural. As iniciativas para tal vem de um trabalho desenvolvido pela Emater – regional Cornélio Procópio - , Ecoparaná, Secretaria de Estado do Turismo (Setu), Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sema) e Instituto Ambiental do Paraná (Iap), além de demais incentivadores do ramo que veem na atividade mais uma oportunidade de renda e de trabalho para os pequenos produtores rurais, uma vez que o campo tem se mostrado fértil para a implantação de novas atividades econômicas.

Ivaldete Zarpellon, coordenadora de Estado do turismo rural, salienta que o Estado tem buscado exemplos de Santa Catarina, que já tem um trabalho consolidado neste ramo. Já o Paraná tem esse trabalho bem desenvolvido na região metropolitana de Curitiba. “O turismo rural vem a cada ano crescendo mais. Hoje nosso público urbano é carente de lazer. Nesse sentido, o turismo rural chega como uma alternativa de unir a família e proporcionar aos filhos, por exemplo, vivenciar o trabalho do campo, como cuidar de um animal, fazer uma horta, participar da colheita de uma fruta, ordenha do animal, andar a cavalo, entre outras atividades. É propiciar para o indivíduo a vivência de realidades que passam despercebidas, mas que possui uma importância ímpar para a economia estadual e local”, disse.

         Para Paulo André de Carvalho, professor, o desenvolvimento do turismo rural na região precisa de ações efetivas das políticas públicas para se consolidar. “Na nossa região, especificamente o norte pioneiro, o turismo está começando a ganhar folego. É preciso ainda mais organização, estrutura adequada e ações efetivas dos órgãos municipais da região. O turismo rural traz para o cidadão a chance de ele retomar ou conhecer rotinas da vida no campo. E, com o turista inserido na propriedade rural, o proprietário tem a possibilidade de agregar valor aos seus produtos e aumentar sua renda”, ressaltou.

Conforme explica Marta Takahashi – Ecoparaná - , o Paraná é um estado vocacionalmente agrícola e essa característica, associada a uma ocupação rural constituída, em sua maioria, de pequenas e médias propriedades, insere o Estado em um amplo processo de discussão sobre o turismo rural na agricultura familiar. “O Ecoparaná há tempos desenvolve ações como oficinas, palestras em parceria com municípios e atores locais acerca do tema do turismo rural, em principal, na agricultura familiar. A cadeia produtiva deste segmento é intensa e de rápida resposta, gerando oportunidades de renda complementar

Paulo André

 ao trabalhador do campo, como é o caso das agroindústrias integrado ao turismo rural”, ressaltou.

Por turismo rural na agricultura familiar se entende a atividade turística que ocorre no âmbito da propriedade dos agricultores familiares quem mantém as atividades econômicas típicas da agricultura familiar, dispostos a valorizar, respeitar e compatibilizar seu modo de vida, o patrimônio cultural e natural, ofertando produtos e serviços de qualidade e proporcionando bem estar aos envolvidos. “Desde 2005, com o apoio do Ministério do Desenvolvimento Agrário, temos discutido e trabalho muito este conceito do turismo rural mostrando que o agricultor pode se inserir neste ramo com o que sua propriedade tem para ofertar. A acolhida rural, que é muito peculiar da agricultura familiar, faz toda a diferença num trabalho com autenticidade, resgatando a cultura, a família e as tradições. A ideia é trazer o turismo rural como uma alternativa de renda, sem substituir sua atividade principal”, acrescentou Marta.  

Foram realizados convênios com o Ministério do Desenvolvimento Agrário, via Ecoparaná e outro via Fundação Terra, com o objetivo de sensibilizar e capacitar técnicos, lideranças e agricultores familiares na temática do Turismo Rural na Agricultura Familiar (TRAF) como atividade não agrícola complementar à renda familiar.. Neste sentido, ambas as instituições, em parceria com a Caixa Econômica Federal e com o apoio do Instituto Emater, trabalharam de forma a compatibilizar suas ações com as propostas do Programa Nacional de Turismo Rural na Agricultura Familiar, do Ministério do Desenvolvimento Agrário – MDA. “Cornélio e região tem um potencial enorme para isso. Basta às políticas públicas e a iniciativa privada aderir à proposta, organizar-se e arregaçar as mangas”, concluiu Marta.

 


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