Cornélio Procópio

Postado dia 15/09/2013

Vereador retira de pauta projeto sobre aumento das sessões ordinárias

de Laiz Auriglietti

O polêmico projeto de lei que visa à ampliação das sessões ordinárias da Câmara Municipal de Cornélio Procópio foi retirado de pauta. O vereador Bruno Magalhães (PV), autor do projeto explicou que a medida foi necessária já que não havia uma pré aprovação suficiente do mesmo e, segundo ele, uma vez recusado em votação pela câmara, não seria possível apresenta-lo em uma nova oportunidade. O vereador questionou ainda a prefeitura pelo não cumprimento da LEI Nº 002/13 que obriga o Poder Executivo Municipal a prestar informações dos gastos com o valor repassado mensalmente para a Casa de Misericórdia de Cornélio Procópio, também de sua autoria.

O projeto de ampliação das sessões ordinárias da câmara, que acontecem semanalmente às terças-feiras, 19h, vem atender uma nova parcela de cidadãos. A proposta é sessões inclusive nas segundas-feiras, às 15h. “Muitos não conseguem vir até a câmara nas terças a noite. Gostaria de deixar claro que as sessões não mudarão de dia, como muitos munícipes estão confundindo. Será incluído mais um dia para reuniões, ou seja, ampliar o contato da câmara com a comunidade local. Este projeto de resolução de lei pretende mudar o regimento interno, já que é algo inédito no município”, acrescentou.

Bruno ressalta que a medida foi tomada por uma questão de estratégia política. “Consegui cinco assinaturas. Seriam suficientes apenas quatro para a tramitação. Colocamos o projeto em pauta, ele foi apresentado, mas não coloquei em votação uma vez que se perdêssemos, já que eram necessários seis votos, não seria possível apresenta-lo em uma nova oportunidade, logo ele não se encontra mais em tramitação. A proposta agora é convencer mais um vereador da importância do projeto para então volta-lo para a pauta”, disse.

“A inserção de mais uma reunião semanal trará agilidade aos trabalhos do legislativo. Um trabalho que você faria em quatro anos, por exemplo, será concluído em dois com esta ampliação das sessões. Além disso, a população irá sentir esta vontade do político de trabalhar mais. Este projeto está na minha plataforma de trabalho desde 2008, quando concorri à vaga de vereador pela primeira vez”, ressaltou Bruno.

Em enquete promovida por uma rádio local, 99% da população manifestou-se a favor da inserção de mais uma reunião semanal na câmara e da flexibilidade do horário, que atinge públicos distintos. “Este assunto teve uma repercussão estadual. O intuito é mostrar a população que estamos dispostos a trabalhar a rigor e cada vez mais apresentar projetos e leis que beneficiem o procopense de alguma forma”.

Nestes praticamente nove meses de trabalho, Bruno Magalhães fez mais de 40 indicações e

 apresentou 46 proposições, incluindo três leis importantíssimas para cidade. Uma delas obriga o Poder Executivo Municipal a prestar informações dos gastos com o valor repassado mensalmente para a Casa de Misericórdia de Cornélio Procópio, aprovada e sancionada em março e até hoje sem cumprimento. “Precisamos de respostas da prefeitura sobre o porquê isso não está sendo feito. Infelizmente nenhuma providência foi tomada pela prefeitura. Existe uma lei, mas não está sendo cumprida,” disse. As demais leis prevê instituir a “ficha limpa” para assessores, uma maneira de proteger o bem público municipal, e capacitar assessores/cargos de confiança e novos servidores aprovados em concurso público.

“Eu tenho feito a minha parte, tenho buscado alternativas para trazer mais recursos para cidade. Entregamos em mãos uma carta ao governador reivindicando algumas questões importantes para o município e fizemos uma viagem a Brasília para angariar um recurso importante de mais três milhões de reais para aplicação em uma pista de atletismo profissional para a UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná, orçada em mais de oito milhões de reais. Aideia é buscar continuadamente benefícios para cidade”, disse o vereador.

Bruno, apesar de um início turbulento de gestão, se diz feliz com sua atuação. “Tivemos um começo muito turbulento, muito difícil, mas hoje estou feliz após alguns meses de trabalho com muita dedicação. O trabalho não para. Visitamos os bairros, falamos com a comunidade, trazemos para a câmara discussões importantes. Tem político que não visita os bairros por medo do povo. Eu já sou do bairro, já sou da comunidade. A gente vai, visita, ouve, constata problema e leva soluções condizentes para a aprovação do legislativo e executivo. É um trabalho contínuo. A proposta é manter o contato com o povo, diagnosticar seus anseios”, concluiu.

 


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