Finanças e Negócios

Postado dia 13/04/2013

Franquias de cursos técnicos custam a partir de R$ 30 mi

do UOL

Os cursos técnicos estão atraindo quem busca treinamento rápido para entrar no mercado de trabalho e empresários interessados em montar uma franquia na área. Há oportunidades com investimento inicial de R$ 30 mil a R$ 300 mil.

Antes de entrar nesse mercado, no entanto, especialistas recomendam que é preciso avaliar o plano de negócio de cada rede, analisar o capital inicial exigido, o faturamento médio, o retorno do investimento e as estratégias para atrair e manter alunos.

Claudia Bittencourt, diretora-executiva do Grupo Bittencourt, empresa especializada no desenvolvimento e expansão de redes de franquias, diz que há mercado para franquias de cursos profissionalizantes porque eles oferecem formação específica para o mercado de trabalho, e não formação geral, como um curso de universidade. Além disso, são voltados para pessoas de menor renda.

É o caso de escolas especializadas em construção civil, por exemplo. "O recomendado é procurar uma rede que ofereça cursos variados. Algumas têm no seu programa cursos de idiomas e profissionalizantes, por exemplo. É uma maneira de aumentar o número de alunos", diz Bittencourt.

 FRANQUIAS DE CURSOS PROFISSIONALIZANTES

Investimento inicial* Rede
Até R$ 100 mil Capacita Mais, Conectinove, MacPoli, Megaworks, Microlins, On Byte, Prepara Cursos, Sigbol Fashion, S.O.S Formação Profissional
De R$ 100 mil a R$ 150 mil Cebrac, Compuway, Educative,
Acima de
R$ 150 mil
Concretta, Instituto da Construção, McTech, Microcamp
  • *Inclui instalação, taxa de franquia e capital de giro

Ela afirma que as franqueadoras devem apresentar aos interessados em abrir uma loja, o plano de negócios que, geralmente, é projetado para os primeiros cinco anos da franquia. Nele, está previsto o planejamento financeiro da operação, a necessidade de capital de giro, quando será atingido o ponto de equilíbrio e quando o empreendedor passará a ter lucro.

Para esses cálculos, são considerados o número de alunos que a escola deve ter e também os riscos, como inadimplência e alunos desistentes.

"É importante o candidato a franqueado avaliar os recursos que tem e não entrar iludido no negócio. Ele precisar ter dinheiro a mais do que o investimento inicial para sustentar a escola até ela se consolidar", afirma.

Experiência de mercado e suporte técnico são diferenciais

Além de repassar sua experiência aos franqueados, a franqueadora precisa ter visão de mercado e de futuro para manter o negócio. É o que está fazendo a Microcamp, que acaba de lançar outra marca, a McTech, com cursos de informática que ajudam quem trabalha com computadores da Apple.

"O mercado de tecnologia tem um comportamento muito dinâmico. Hoje, há várias plataformas de trabalho. Os cursos precisam acompanhar a evolução da informática, do mercado e dos jovens que vão entrar no mercado de trabalho", declara João Abade, diretor de franquias da Microcamp.

Luis Henrique Stockler, consultor de franquias da Ba Stockler, empresa de formatação de redes de franquia, diz que o empreendedor tem de ficar atento às questões técnicas do negócio.

"O interessado na franquia tem de verificar se o franqueador tem autorização do órgão de controle para dar cursos e certificados. Um curso técnico em radiologia, por exemplo, mexe com radiação, que precisa de controle para não causar danos à saúde", declara.

Cursos que formam comissários de voo, por exemplo, não podem ser franqueados. As escolas só podem oferecer a formação com autorização da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), que regula o mercado.

"A formação é muito específica e exige preparo técnico. Essa restrição ajuda a manter a qualidade dos profissionais", afirma Salmeron Cardoso, diretor do CEAB (Centro Educacional de Aviação do Brasil).


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