Grupo de prefeito Luizinho ameaça tomar casas de eleitoras por causa de apoio

A Justiça Eleitoral de Assaí investiga denúncia de que o ex-vereador Odetino de Oliveira Castro, de São Sebastião da Amoreira, teria ameaçado as senhoras Kátia da Silva e Cleuza Maria da Silva Cândido, que estavam trabalhando para a candidata a prefeita Adalgisa Gouveia, e, por isso, perderiam suas casas.

Segundo boletim de ocorrência registrado na 34ª Delegacia Regional de Polícia Civil de  Assaí, de 5 de setembro de 2012, “relatam as noticiantes que estavam trabalhando como porta bandeiras de uma candidata a prefeita da cidade de São Sebastião da Amoreira, quando a pessoa que conhecem como Odetino, que é partidário de outro candidato, passou e perguntou se elas estavam gostando da casa, referindo-se a casas populares que ambas recém receberam. As noticiantes responderam que estavam gostando, quando Odetino disse que iriam perder a casa, sem dizer, no entanto, os motivos. As noticiantes supõem que a afirmação foi feita por elas estarem do lado político oposto ao que Odetino apóia.

O caso rendeu uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral, impetrada pela coligação Amoreira Pode Mais – que reúne os partidos PSDB, PMDB, PSC, PSB, PPL, PV, PP, PSL e PTB -, contra o ex-vereador Odetino de Oliveira Castro e ainda o prefeito Luiz Fernandes e o empresário Sérgio Soares, ambos candidatos a prefeito e vice de São Sebastião da Amoreira.

A abordagem às cabos eleitorais Kátia da Silva e Cleuza Maria da Silva Cândido teria acontecido em 5 de setembro desse ano.

Segundo autos da ação protocolada em 18 de setembro, “Odetino de Oliveira Castro é o representante judicial da coligação (Unidos Por Amoreira), agindo em nome de Jorge Takassumi, nos mais variados expedientes em trâmite perante o cartório eleitoral desta 35ª zona eleitoral”.

Na petição endereçada à juíza eleitoral Sônia Leifa Yeh Fuzinato, a coligação Amoreira Pode Mais diz ainda que “é evidente que o sr. Odetino de Oliveira Castro é pessoa que age em nome da coligação (Unidos Por Amoreira) e por conseqüência lógica, dos candidatos (Luiz Fernandes e Sérgio Soares) ora investigados”.

De acordo com os autores da ação, “logo, ao ameaçar eleitores no sentido de que “iriam perder” a casa que receberam, o representante da coligação Unidos por Amoreira abusa do poder político, tencionando angariar votos para os seus candidatos, ora investigados”.

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