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Postado dia 20/10/2021 às 10:18:30
Chamada de 'Querência da Morte', cidade já vive tempos de paz e progresso
O município de Querência do Norte, no extremo da região noroeste do Paraná, tem 12 mil habitantes e já chegou a registrar 20 homicídios por ano. Por ser região de fronteira, a cidade sofria com o tráfico de drogas. Depois do início do programa V.I.G.I.A, do Ministério da Justiça, Querência mudou. O número de homicídios caiu 90% e a cidade reabre hotéis e recebe turistas. Jovens que eram cooptados pelo crime e pescadores do Rio Paraná também estão mais seguros.
A cidade de Querência do Norte fica no extremo noroeste do Paraná, na divisa com Mato Grosso do Sul. Uma região de fronteira que entrou para a rota do tráfico internacional de drogas. Durante anos os traficantes se movimentaram livremente pela região, por terra e pelo Rio Paraná.
Jovens eram cooptados pelo crime e o comércio se queixava de falta de mão de obra. Os pescadores tinham medo de sair de casa à noite. E a cidade chegou a marca de 20 homicídios por ano, apesar da pequena população de 12 mil habitantes. Não por acaso recebeu o apelido de Querência da Morte.
Há dois anos, o Ministério da Justiça implantou o programa V.I.G.I.A., que une forças policiais e mantém vigilância permanente nas fronteiras.
E a realidade mudou. O secretário de Segurança de Querência do Norte, Claudiney Nery, diz que hotéis estão reabrindo e os turistas voltando.
“Hoje, Querência do Norte é uma outra realidade, é uma cidade muito mais próspera, com segurança, com as pessoas podendo sair de casa, o comércio voltou a crescer né, o turismo voltou a crescer, os turistas voltam para os portos, tivemos esse final de semana, que é o último final de semana de pesca, os portos todos lotados aí, hotéis abrindo”, diz Claudiney.
A situação melhorou também para os jovens e para os pescadores, diz o secretário.
“A gente teve homicídio inclusive de pescador no rio, vários outros aí teve situações de ter sido jogado no rio para roubar a lancha ou barco, lanchas da prefeitura que fazem transportes escolar foram roubadas, então os pescadores tinham muito medo. Hoje você vê os jovens trabalhando, estudando, voltando a ter aquela vontade de estudar né, muitas pessoas comprando terreno, loteamento, voltando a olhar pra Querência como um ponto turístico”, explica o secretário.
A cidade está perdendo o apelido de Querência da Morte e ganhando relevância no mapa do Paraná. Este ano Querência registrou dois homicídios, mas sem relação com o tráfico de drogas.