Esportes

Postado dia 26/05/2015 às 15:36:43

Recomendação da CBF aumenta número de cartões no Brasileirão

No Campeonato Brasileiro desse ano, os juízes andam muito mais intolerantes em relação às reclamações dos jogadores. A recomendação é da comissão de arbitragem da CBF. E está dando o que falar.

O gesto dos árbitros tem se repetido com frequência neste Brasileirão. Nos dez jogos da rodada do último fim de semana na Série A, foram 61 cartões amarelos.

Essa sensação se confirma se a gente comparar com o Brasileirão do ano passado. Nas três primeiras rodadas de 2014, tinham sido aplicados 127 cartões amarelos. Este ano, já foram 166, um aumento de 33%. De cinco vermelhos, hoje temos quase o dobro: nove.

Não foi por acaso que houve um aumento no número de cartões. Ele ocorreu porque a Comissão de Arbitragem da CBF, antes da competição começar, orientou os árbitros a punir com mais rigor aqueles que reclamarem das decisões deles.

A comissão determinou que: não sejam tolerados desrespeitos ou indisciplina e que as recorrentes e acintosas reclamações contra as decisões da arbitragem exigem adoção de medida disciplinar adequada.

“Inventaram essa regra que ninguém pode falar. Se não inventasse essa regra, ninguém falava nada”, afirma Robinho, meio-campo do Palmeiras.

“O critério é muito rigoroso. Falou com ele é amarelo”, conta Ricardo Oliveira, atacante do Santos.

“O jogador pode falar com o juiz. O que não pode é ser desrespeitoso. A recomendação é mundial. Primeiro começou na Europa. O que a CBF fez foi copiar. Os árbitros podem estar até exagerando, mas com o objetivo de colocar limites”, explica Arnaldo Cézar Coelho, comentarista de arbitragem.

Um exemplo de que clubes e jogadores já foram avisados aconteceu no sábado (23), no jogo entre São Paulo e Joinville. Depois de uma falta marcada para o time de Santa Catarina, quatro são-paulinos ameaçaram reclamar, mas recuaram. E ninguém foi advertido.

“Talvez daqui dois, três anos não tenha nem o tumulto, nem o exagero de cartões. O jogo flua normal. Então, eu acho que é o modo de educar.”, afirma Casagrande, comentarista.

“Eu já fui jogador durante muito tempo e algumas vezes eu tive vários treinadores que diziam no vestiário: ‘quando o juiz marcar falta vai todo mundo em cima para colocar pressão’. Isso era uma cultura nossa e que hoje a gente não aceita mais porque é muito feio para quem está jogando, feio para quem está assistindo no estádio porque perde tempo de jogo”, diz Juninho Pernambucano, comentarista.

“Nós estamos mudando uma maneira que já vem de muito tempo atrás. Então, eu tenho certeza que aos poucos as coisas vão se ajeitar, essa média de cartões deve baixar e a postura dos jogadores deve ficar diferente.”, defende Leonardo Gaciba, comentarista de arbitragem.

do Jornal Nacional


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