Manifestação de alunos apoiam combate ao abuso e exploração sexual

do Portal Tudo Ibiporã

Dia 18 de maio é o Dia Nacional de Combate ao Abuso e a Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes. Em prol desta causa, o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) e a Secretaria de Assistência Social de Ibiporã realizaram um ato público em passeata pelas ruas e avenidas da cidade a fim de conscientizar a população e os envolvidos.

A manifestação contou com uma participação expressiva de alunos de escolas municipais e estaduais, além de membros do Conselho Tutelar e sociedade organizada de Ibiporã. A passeata teve início na Secretaria de Assistência Social e foi finalizada na Praça Pio XII.

O Dia Nacional de Combate ao Abuso e a Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes foi Instituído pela lei Federal 9.970/00, em alusão a 18 de maio de 1973, quando Araceli Crespo foi brutalmente assassinada, após ter sido sequestrada, espancada, estuprada e drogada, em Vitória (ES). Um crime que foi prescrito e teve seus agressores impunes.

Esquecer é Permitir, Lembrar é Combater foi o lema abordado pelo manifesto em nível nacional. O presidente da CMDCA, Paulo Silvério, disse que o ato público tem função de conscientização. “Nós temos que chamar a atenção da sociedade para isso, Lembrar que isso aconteceu, continua acontecendo e se nós não combatermos hoje vai continuar acontecendo amanhã, infelizmente”.

Silvério contou que a passeata teve resultado maior nos próprios participantes, crianças e adolescentes, que são os maiores alvos da violência e exploração sexual.

“Acredito que o impacto maior foi nas crianças envolvidas na caminhada, eles são os atores principais. A qualidade desse tipo de ação para essas as crianças é muito significativa, porque elas vão perceber ao longo da caminhada, ‘opa, estão falando de mim, eu sou a criança, eles estão falando de mim, estão preocupados comigo’, acho que este é o grande mérito da caminhada”, acrescentou.

A estudante Ana Luiza Bortoleto da Silva contou que está fazendo o Ensino Médio em dualidade com a formação de docente e que a passeata também contribuiu para sua formação. “Pra nós, que vamos trabalhar com crianças, esse assunto é muito interessante e é importante para conscientizar as pessoas sobre esse problema que é tão grave. Acho que são precisas leis muito mais rígidas”, destacou.