Troca de forro da igreja pode descaracterizar patrimônio histórico

A Igreja Matriz do Divino Espírito Santo está sendo amplamente reformada, graças à arrecadação da última Festa de São Sebastião. 

A reforma é algo normal e necessário numa construção já sexagenária. Além de problemas na parte elétrica e no piso, a obra que mais preocupa é a do teto. Segundo a empresa que está fazendo a reforma, parte da estrutura está comprometida por cupins e cogita-se a sua troca por estrutura metálica. O problema é que isso implica na troca do belo forro de madeira, todo detalhado, por forro de PVC, que foge totalmente da arquitetura neo-gótica, de origem polonesa. 

Apesar da necessidade da reforma, é preciso se levar em conta a importância da construção não apenas como o templo maior da Igreja Católica, mas como um dos símbolos, talvez o único, da cidade de Curiúva. Pelo mundo afora, igrejas muito mais antigas são restauradas, mantendo as características originais. 

A direção da Igreja está de parabéns por realizar a reforma, mas é preciso que a mesma tenha cuidado não só com a parte estrutural, mas também estética da Igreja, preservando aquilo que foi construído com esmero há 60 anos. Se para preservar o teto for preciso um investimento maior, não há dúvidas que a comunidade não deixará de colaborar, como sempre fez.

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