Bandeirantes

Postado dia 11/04/2012

“UTI em Bandeirantes e hospital de Cornélio é dinheiro jogado fora”.

Vieira Filho, do Hospital Pró-Vida

Os investimentos feitos na implantação de uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva) na Santa Casa de Bandeirantes e a construção do Hospital Regional de Cornélio Procópio representam “dinheiro jogado fora”.

A avaliação é do diretor clínico do Hospital Pró-Vida, Francisco Vieira Filho, de Assaí.

Para justificar que o investimento no Regional de Cornélio Procópio está fadado ao insucesso, Vieira Filho cita os 44 hospitais que o ex-governador Roberto Requião (PMDB) diz ter construído ou reformado e não funcionam a contento. No caso de Ponta Grossa, com capacidade para 193 leitos, a média de internamento por lá não chega a 10, comenta Vieira Filho.

O médico assaiense acrescenta ainda que, dentro da própria Secretaria de Saúde do Paraná, existe uma opinião formada de que hospital público gasta três vezes mais que o privado e não tem resolutividade.

Segundo entendimento do governo estadual, ainda citado por Vieira Filho, apenas quatro hospitais no Paraná apresentam uma alta resolutividade: o Angelina Caron (Campina Grande do Sul), João de Freitas (Arapongas), Cristo Rei (Ivaiporã) e Hospital Pró-Vida (Assaí).

Por outro lado, ilustrando o fracasso da administração pública em lidar com seus hospitais, Vieira Filho cita que o de Maringá “é um verdadeiro depósito, onde não se faz apendicite aguda, aliás, não tem centro cirúrgico”. Ele cita também casos de hospitais municipais que já fecharam as portas, como o caso de Santa Mariana e São Sebastião da Amoreira.

Santa Casa

Quanto à implantação de uma UTI de quatro leitos pela Santa Casa de Bandeirantes, o médico Vieira Filho comenta que “não vejo perspectiva de bom funcionamento”.

Vieira Filho explica que, quando o então presidente da Assembléia Legislativa do Paraná, Hermas Brandão, assumiu o governo estadual durante um mês e veio a Assaí, ele havia dado uma UTI para o município de Andirá.

No entanto, cinco anos depois, o chefe da Regional de Saúde, Reinaldo Lavorato, de Cornélio Procópio, acabou buscando aqueles equipamentos doados a Andirá que estavam já sucateados.

Esses mesmos equipamentos, continua ainda o diretor do Hospital Pró-Vida, foram doados à cidade de Bandeirantes, tendo em vista o interesse da Santa Casa em abrir uma UTI de quatro leitos.

O médico Vieira Filho explica que “a UTI é um hospital dentro de um hospital”. Para seu funcionamento, há necessidade de tomografia, neurocirurgião, cardiologista, nefrologista, quatro enfermeiros-padrão, um intensivista, além dos funcionários da limpeza e 16 auxiliares de enfermagem. Estima-se que a implantação de tal unidade absorveria mais de 30 funcionários, além de 10 médicos.

“Agora eu pergunto: com que verba vão manter a UTI numa cidade de 32 mil habitantes”, questiona ainda o diretor do Hospital Pró-Vida, Francisco Vieira Filho, de Assaí.


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