Da manipulação que se diz em eleição: "festas de alto nível'

Em meio à corrida eleitoral, promessas grandiosas são frequentemente usadas como estratégia para conquistar votos, especialmente em cidades pequenas. No pleito desse ano em Assaí (PR), há promessa de organizar festas de alto nível, incluindo shows, rodeios, parques de diversão e um dia liberado para todas as crianças se divertirem gratuitamente. Mas até que ponto essas promessas se mostram benéficas para a comunidade?

Em uma cidade pequena, onde os recursos públicos são limitados, eventos grandiosos podem soar como música aos ouvidos dos eleitores. No entanto, tais promessas muitas vezes não passam de demagogia, usadas para ganhar votos sem um planejamento financeiro adequado. A realização de festas e eventos de grande porte representam desperdício significativo de dinheiro público, que poderia ser melhor empregado em áreas essenciais como saúde, educação e infraestrutura.

A organização de festas desse porte deveria ser responsabilidade da iniciativa privada, que possui os recursos e a expertise necessários para garantir o sucesso e a sustentabilidade dessas atividades. Quando a prefeitura assume esses custos, há um risco elevado de desvio de verbas e má gestão dos recursos públicos. Além disso, a dependência de eventos financiados pelo governo pode criar uma falsa sensação de prosperidade, mascarando problemas estruturais que precisam ser resolvidos.

Durante a gestão do prefeito Luiz Alberto Vicente, o Mestiço (2013/2016), a administração municipal de Assaí gastou cerca de dois milhões de reais com organização de festas e eventos, fogos de artifícios, segurança privada, banheiros químicos, cachês de artistas, entre outros. A prefeitura cobrou ingressos, vendeu camarotes e a praça de alimentação, implantou estacionamento pago, organizou bingo para arrecadação de recursos. Como não houve prestação de contas alguma, não se sabe onde foi para o dinheiro.

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