Ribeirâo do Pinhal

Postado dia 09/02/2012

Distrito de Triolândia se destaca na fabricação de tijolos

 

O distrito de Triolândia, no município de Ribeirão do Pinhal, poderia facilmente passar despercebido como apenas mais uma localidade escondida no interior, se não fosse um dos principais polos de fabricação de tijolos no estado do Paraná. O patrimônio fica a 18 quilômetros da cidade e é cortado pela PR 436, uma rodovia de pouco trânsito por ser uma das únicas da região a permanecer sem asfalto. 


A população de Triolândia é de apenas 2 mil habitantes e toda família tem ao menos uma pessoa que trabalha como oleiro. O distrito tem oito olarias, que geram cerca de 500 empregos diretos e indiretos e fabricam em torno de 2,5 milhões de tijolos por mês, o que dá uma média de 125 mil unidades por dia, considerando apenas os dias úteis do mês. A especialidade do local são os tijolos de 6 e 8 furos. 

A metade da produção é de responsabilidade de apenas uma família, proprietária da maior parte dos empreendimentos. São três irmãos e dois primos que trabalham na administração, gerenciamento, produção e transportes. Todos colocam, literalmente, a mão na massa. E a família tem muito a comemorar porque o crescimento do país, em especial no setor da construção civil, deu um novo impulso aos negócios nos últimos anos. 

O empresário Edson Pereira de Castro acredita que a atividade continuará em franca expansão nos próximos anos graças às obras desencadeadas no país com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e a proximidade de dois grandes eventos esportivos que o Brasil vai sediar em 2014 e 2016, a Copa do Mundo e as Olimpíadas. ''A produção cresceu muito nos últimos anos e novas cerâmicas estão sendo abertas ou ampliando suas atividades: até a Copa a gente tem certeza que o país não para'', afirma, confiante. 

Mas não é por acaso que Triolândia se transformou em um polo de fabricação de tijolos. O local oferece matéria-prima em abundância, uma argila de cor escura que garante a produção de tijolos com qualidade. A área, que fica a quatro quilômetros do distrito, vem sendo explorada há três décadas e tem reservas para mais 40 ou 50 anos, segundo estimativas do empresário Edson de Castro. 

Como a atividade depende da extração de matérias retiradas diretamente da natureza, a instalação de uma olaria é cercada de uma série de cuidados. A exploração é acompanhada com regularidade pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP), que concede as licenças ambientais. O descumprimento das normas pode acarretar prejuízos para os empreendedores. ''Nós temos o compromisso de retirar o material com todo cuidado, respeitar a margem dos rios, e reflorestar a área após a retirada do material'', afirma Castro. 

A mão de obra empregada nas olarias do distrito é essencialmente masculina. Embora seja uma atividade com aparência rudimentar, o trabalho em olarias exige uma certa delicadeza e agilidade e não apenas a força dos operários. A técnica se adquire com o tempo e muito treinamento, o que pode demorar até 90 dias. 

As olarias de Triolândia atendem a maior parte das cidades da região em um raio de 100 quilômetros, a partir da localidade. Agora, as empresas estão buscando novos mercados no interior de São Paulo.


fonte: www.sintracomlondrina.com.br


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