Veja Também
Municípios do Paraná se articulam para comprar vacina da Covid por conta própria
Diferença de comer em Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador e Peru
Vice-governador analisa com embaixadora a imigração de haitianos no Paraná
Após briga no BBB, Prefeitura de Nova Iguaçu provoca a de Curitiba e viraliza
Juíza proíbe Havan de abrir loja no Paraná como se fosse supermercado
- Veja + Geral
Geral
Postado dia 13/02/2021 às 21:13:51
Atlântida paranaense: a antiga vila submersa de Alvorada do Iguaçu

Quando a hidrelétrica de Itaipu estava sendo construída, no final dos anos 1970, algumas ilhas e uma pequena vila, localizada em uma das margens do Lago do Itaipu, começaram a desaparecer.
Alvorada do Iguaçu, um município com pouco mais de 4 mil habitantes, era um pequeno distrito de Foz do Iguaçu, com suas construções de madeira e poucas casas de alvenaria, e foi engolida pelas águas. O município em si era bem jovem: tinha apenas 13 anos. A cidade começou a ser esvaziada em 1978 e os moradores se dispersaram por todo o país: para os estados do norte, sul, leste e oeste, além de migrarem para outras cidades do Paraná. Eles levaram o dinheiro pago pelo estado para reconstruir a vida em outros lugares, e alguns deles até transportaram a casa inteira em cima de um caminhão.
Reencontro
Apesar da distância durante 40 anos, os antigos moradores e descendentes permanecem com a memória viva até hoje e acharam um jeito de se reencontrar graças à tecnologia.
Em 2018, a antiga moradora Nara Regina Spada, que era criança quando teve que deixar o distrito, criou um grupo nas redes sociais para compartilhar essas lembranças e reuniu centenas de antigos moradores. O grupo já fez algumas reuniões na região de Santa Terezinha de Itaipu, onde ficava a região do antigo distrito, para compartilhar essas lembranças.
Atualmente, quando o nível de água do lago do Itaipu está baixo, é possível encontrar vestígios das antigas construções de Alvorada do Iguaçu, como paredes de casas, objetos pessoais e até o antigo cemitério do distrito.