Norte do Paraná

Postado dia 02/01/2021 às 12:52:21

Fim da era Acácio Secci (2017/2020), em Assaí

O carteiro Acácio Secci surpreendeu nas urnas em outubro de 2016, ao derrotar o então prefeito Luiz Alberto Mestiço Vicente em seu projeto de reeleição. 

Com um pequeno grupo de correligionários, ele conseguiu viabilizar seu projeto político-eleitoral a partir da adesão da então candidata a vice-prefeita Inês Koguissi e apoio de importantes segmentos como católicos, evangélicos e comerciantes. O grupo acabou elegendo entao prefeito, vice-prefeita e dois vereadores pelo PSC -. Michelle Matie Morikawa e Elcio Alves Piozo dos Santos. 

No entanto, sua base de apoio começou a se fragmentar mesmo antes de sua posse ao cargo. Correligionários de primeira hora se viram desprestigiados com a decisão do prefeito eleito de compor sua equipe administrativa com a maioria de nomes da gestão anterior. 

Criou-se mal estar com integrantes da Câmara Municipal devido a declarações de Acácio Secci de que não precisaria de vereadores para administrar, pois teria as redes sociais e o rádio para dialogar com a população, e conseguisse a opinião pública em favor da aprovação de seus projetos de governo. 

O distanciamento da Câmara Municipal fez com que o gestor sofresse uma tentativa de afastamento. Cassacão do mandato não prosperou, mas resultou em rupturas. Resultado visível é que seu então líder na Câmara, Antônio Menegildo Gavião Manoel, decidiu se lançar a prefeito. Prefeito Acácio teve somente o apoio do vereador Flávio José de Amorim em seu projeto frustrado de reeleição em novembro de 2020.

O gestor fora convidado a deixar o PSC, por não ter apoiado deputados do partido, como o estadual Tercílio Turini, em 2018. Havia decidido aderir à campanha do deputado estadual Luiz Cláudio Romanelli que, na última hora, por ocasião da eleição de novembro último, abandonou Acácio Secci e decidiu aderir à eleição do prefeito eleito Michel Tuti Bomtempo (PSD). 

Em sua reeleição, o carteiro já não mais contava com sustentação de nomes de seu antigo partido, PSC, como a vice-prefeita Inês Koguissi, a vereadora Michelle Matie Morikawa, que abandonaram a disputa eleitoral, e ainda o edil Elcio Alves Piozo dos Santos, que tentou renovar seu mandato em palanque adversário (Tuti Bomtempo).

A gestão 2017/2020 havia herdado um quadro de dívidas milionárias herdadas de mandatos anteriores, assim como o colapso na saúde pública devido a interrupção pela administração Luiz Alberto Mestiço Vicente (2013/2016) de contratos com profissionais e empresas que prestavam serviços no hospital municipal. 

O administrador Secci teve então que "colocar a casa em ordem", pagar dívidas atrasadas, finalizar obras inacabadas e inauguradas pelo seu sucessor, e ainda conduzir uma série de investimentos principalmente em infraestrutura urbana. 

Ainda que tenha conduzido uma gestão acima da média, aquele administrador não teve êxito na reeleição devido à dificuldade de articulação político-eleitoral. Perdeu apoio de correligionários de primeira hora e de importantes segmentos da sociedade, sem contar que próprios servidores públicos decidiram se lançar candidatos a vereador em chapas adversárias. 

De acordo com o agora ex-prefeito Acácio Secci,  "todas as precatórias que recebi no meu mandato são frutos de dívidas de governos anteriores, que eles deixaram de pagar. Mesmo essa dívida não sendo causada por mim, paguei todos os precatórios que os gestores anteriores causaram ao município! A nossa gestão foi uma das poucas (se não a primeira) na história de Assaí a entregar a prefeitura com saldo positivo em caixa! Isso é fruto de uma administração honesta, séria e competente e com responsabilidade com o dinheiro público!". 


comente esta matéria »

Copyright © 2010 - 2024 | Revelia Eventos - Cornélio Procópio - PR
Desenvolvimento AbusarWeb.com.br