Política

Postado dia 05/12/2020 às 23:38:19

Gleisi, do PT: “derrota eleitoral não quer dizer derrota política”

A deputada federal e presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, fez na TV 247 uma análise sobre o desempenho da legenda nas eleições municipais de 2020. Para ela, o PT conseguiu “estancar a sangria” e se manter no mesmo nível que esteve no último pleito da mesma esfera, em 2016.

Ela classificou a performance como “razoável” e lembrou que o partido sofreu ataques importantes desde 2013, inclusive uma campanha pesada de desmoralização, o que dificultou ainda mais a evolução eleitoral da legenda neste ano. “Eu diria que as eleições para o PT ficaram em um nível razoável daquilo que nós conseguimos enfrentar durante todo esse tempo com as adversidades que nós tínhamos. Temos ainda o problema da desconstrução do PT, não é uma coisa simples de lidar, você não recupera a imagem, o posicionamento em saltos. Você recupera em processo, disputa, diálogo. Nós temos sofrido uma série de derrotas políticas ao longo dos últimos anos que não são pequenas. Desde o impeachment, aliás, começa em 2013 depois daquelas manifestações, o impeachment, a prisão do Lula, o PT tachado como partido ladrão, a questão dos valores colocados contra o PT. Isso tudo ainda tem reverberação na sociedade. Nós enfrentamos, fizemos a discussão, mas isso tem uma pegada”.

A presidente petista ainda fez questão de dissociar as percepções de “derrota eleitoral” e “derrota política”. Para Gleisi, o partido sofreu uma derrota eleitoral na medida em que não conseguiu eleger nenhum prefeito nas capitais brasileiras, mas ainda sim garantiu um bom número de candidatos no segundo turno e prefeituras em outros grandes centros. A parlamentar ainda ressaltou que a análise do pleito municipal não serve como base para a disputa eleitoral em 2022. “Acho que o partido pode ter tido uma derrota eleitoral, mas não acho que foi uma derrota política completa. Por exemplo, o Rio de Janeiro nós fomos com a Benedita para a eleição e tivemos um bom desempenho em uma cidade em que nós não tínhamos nas pesquisas nem 15% de preferência do eleitorado. Então eu acho que a gente não pode ser precipitado em avaliações, nem achar que estamos bem, que somos uma cocada, não é isso, mas também não achar que o partido saiu derrotado, esfrangalhado. Não é isso. Nem sempre derrota eleitoral significa derrota política. Quero lembrar que as eleições de 2016, em que nós tivemos uma derrota grande, não teve uma influência decisiva nas eleições de 2018. Se tivesse, Haddad não teria ido para o segundo turno. É óbvio que a eleição municipal te coloca no tabuleiro as forças que estão em jogo, algumas tendências, mas elas não são determinantes para uma disputa nacional”.


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