Assaí, do happi, da culinária e do castelo japonês; só falta emprego

Segundo a administração municipal Acácio Secci (PPS), há uma série de atividades e iniciativas desenvolvidas em Assaí de forma a preservar e homenagear a colônia japonesa, sua tradição e cultura. 

Só falta mesmo união de esforços para atração de alguma grande empresa japonesa, considerando que historicamente Assaí tem fornecido mão de obra para aquele país. Nas últimas décadas, milhares de assaienses - os dekasseguis - se mudaram definitivamente ou mesmo por algum período para trabalharem naquele país insular da Ásia Oriental. 

Por iniciativa do deputado estadual Tercílio Turini (PPS), recentemente a Assembleia Legislativa concedeu o município de Assaí o título de “Capital da Imigração Japonesa do Estado do Paraná.

O então prefeito Yoshinori Fucuda (1993/1996) e comitiva haviam viajado ao Japão durante certa ocasião, para estabelecer parceria no âmbito de programa de "Cidade Co-irmãs", no entanto, nada de concreto se apurou por meio daquele intercâmbio.

Até a gestão do prefeito Michel Angelo Tuti Bomtempo (2005/2008 e 2009/2012), havia ainda a realização de grandes eventos voltados à colonia japonesa, como o tabanata, inclusive com a destinação de recursos por parte do governo federal.

Atualmente o que se tem nada mais é do que uma série de ações isoladas por parte da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo. Assaí precisa urgentemente de elaboração de calendário anual de eventos, com destinação de recursos garantidos em orçamento, assim da implementação de um projeto estratégico para seu desenvolvimento sócio-econômico, passando também pela cultura japonesa.

Interessante a iniciativa de servidores públicos aderirem ao happi (traje típico japonês) como uniforme de trabalho. Mostra-se também importante o projeto de revitalização do Parque Ikeda, com construção de uma passarela em estilo oriental, um tori com chafariz e iluminação cênica no lago lá existente.

No entanto, Assaí precisa mais do que templo Budista, Igreja Tenrikyo e castelo japonês. Há necessidade de uma cidade limpa, organizada, com qualidade de vida, com perspectivas para as atuais e futuras gerações. Deve-se valorizar pessoas, o que significa criar oportunidades, tornando-se possível tão somente por meio de geração de emprego e renda.

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