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Assaí
Postado dia 01/05/2018 às 14:28:38
Inspiração em edificação japonesa em Assaí
Em Assaí (Região Metropolitana de Londrina), uma edificação branca se destaca na paisagem. Trata-se do Memorial da Imigração Japonesa, cuja obra começou durante as comemorações do centenário da imigração japonesa, em 2008, e sua inauguração está marcada para esta terça-feira (1). O espaço, da prefeitura municipal, possui quatro pavimentos. O primeiro piso, com uma base de 600 metros quadrados, é destinado a exposições itinerantes. O segundo piso foi projetado para receber um restaurante, mas inicialmente será alugado para a realização de eventos. O terceiro piso é dedicado ao memorial da imigração japonesa. No último andar fica a diretoria de cultura de Assaí. Os andares se estreitam até o topo, cuja altura está a 24,95 metros da base. A edificação tem telhas de concreto e a estrutura da cobertura possui acabamento em madeira replicando os telhados orientais.
O prédio foi inspirado no castelo japonês de Himeji, localizado na província coirmã do Paraná, Hyogo, que foi concebida como um forte. Já no castelo paranaense o interior é de alvenaria e não há os elementos tradicionais em madeira, os tatames e os biombos típicos de um castelo medieval japonês. O custo da obra foi estimado em cerca de R$ 3 milhões e os recursos vieram do Ministério do Turismo e de emendas parlamentares.
O projeto inicial do castelo foi elaborado pelo arquiteto japonês Hiroshi Kawashino. Por ficar em um ponto alto da cidade, a edificação do memorial impressiona. A professora Inês Kiyomi Koguissi, vice-prefeita da cidade, tem especialização em história social e ensino de história pela Universidade Estadual de Londrina e aponta que o castelo é uma obra grandiosa para um município como Assaí e de relevância para a região toda. "Na inauguração teremos uma exposição contemplando a temática do café e do algodão, realizada em parceria com a Cooperativa Integrada, com o Museu Histórico Padre Carlos Weiss (de Londrina) e com o agrônomo Rui Yamaoka", destacou.
Haverá outras obras em exposição, como a do artista plástico Yasuharu Ueda, que trabalha com mosaicos feitos de grãos de arroz pintados. "Seus quadros contam um pouco da história da imigração japonesa. Teremos também o acervo da família Yoshii, que foi exibido no centenário da imigração japonesa no Brasil", apontou.
Koguissi explicou que foi feito um chamamento por intermédio das escolas públicas e particulares para ajudar a compor o acervo permanente do memorial. "Primeiramente solicitamos os objetos por empréstimo." A própria família de Koguissi possui um objeto raro. "É um manual do vocabulário básico de português publicado em 1929. Era de meu avô Kimpei Koguissi", apontou.
O manual foi publicado por uma das associações ultramarinas filiadas à Burajiru Takushoku Kumiai (Sociedade Colonizadora do Brasil Ltda., mais conhecida como Bratac). Foi a Bratac que adquiriu a Fazenda Três Barras, com 13.600 alqueires, localizada na época no município de São Jerônimo da Serra. Foi essa área que deu origem ao município de Assaí – de assahi, que em japonês quer dizer sol nascente
da Folha de Londrina