Norte do Paraná

Postado dia 07/09/2017 às 04:45:19

Maioria das obras em escolas investigadas está parada; veja todas

Seis das sete obras de escolas investigadas na Operação Quadro Negro, que apura desvios de dinheiro público na construção e reforma de colégios no Paraná, estão paradas. Apenas uma escola de Curitiba teve a obra concluída. Se todos os colégios estivessem prontos atenderiam cerca de seis mil alunos.

Todas as licitações foram vencidas pela Construtora Valor, que, de acordo o Ministério Público do Paraná (MP-PR), recebeu o dinheiro mas não entregou as obras. O dono da construtora, Eduardo Lopes de Souza, chegou a ser preso, foi solto e agora é delator do esquema de corrupção.

O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), disse na segunda-feira (4) que tem pressa para a conclusão das obras.

"Ficaram por mais de um ano paradas por determinação do Ministério Público e da Justiça para que houvesse levantamento preciso do que foi desviado de cada uma das obras. As licitações e editais estão fixados para imediata retomada das obras", explicou.

Richa também afirmou que tomou todas as providências assim que soube das denúncias, que foi o próprio governo que determinou o início das investigações e que os suspeitos foram exonerados dos cargos.

RPC não conseguiu contato com a defesa de Souza.

Saiba como estão as obras: 

Campina Grande do Sul 

Colégio Estadual Ribeirão Grande

A construção da escola era para ter sido concluída em janeiro de 2015, mas no local há um terreno abandonado. O governo estadual pagou R$ 3.377.804,66 para a construtora, mas 6,8% da obra foi construída. O colégio poderia atender 1,8 mil alunos.

Colégio Estadual Jardim Paulista

A outra escola de Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, que atenderia 1,8 mil alunos, teve 10,35% da obra construída. Foram pagos pelo governo à construtora R$ 4.531.309,39. O prédio deveria ter ficado pronto em fevereiro de 2015, mas está apenas com algumas paredes erguidas. 

Cornélio Procópio 

Colégio Estadual William Madi

A obra da escola em Cornélio Procópio, no norte do Paraná, previa a construção de 14 salas de aula, refeitório e biblioteca para atender 1,2 mil alunos. Porém, menos de 5% do total foi construído. Pela obra, iniciada em 2014 e parada há mais de dois anos, o governo pagou inicialmente R$ 3.919.869,10. O contrato também teve um aditivo pago no valor de R$ 974 mil. 

Rio Negro 

Colégio Estadual Lysimaco Ferreira da Costa

Conhecido como colégio agrícola de Rio Negro, na Região Metropolitana de Curitiba, a unidade escolar teve 40,9% da obra construída pelo valor de R$ 3.344,653,67. A obra foi iniciada em dezembro de 2013. Quase quatro anos depois, os três blocos que abrigariam salas, alojamentos e o setor administrativo têm parte da construção erguida. 

Coronel Vivida 

Colégio Estadual Tancredo Neves

Com menos de 9% da obra concluída, a escola de Coronel de Vivida, no sudoeste do Paraná, teve investimento de R$ 3.890.464,58 por parte do governo estadual. O colégio que atenderia 500 alunos deveria estar pronto há dois anos. 

Santa Terezinha de Itaipu 

Colégio Estadual Arcângelo Nandi

Parada desde 2015, a obra da escola em Santa Terezinha de Itaipu, no oeste do Paraná, custou R$ 3.736.936,34. Outra licitação para conclusão chegou a ser aberta, mas um erro no edital não permitiu a continuidade. O governo liberou R$ 87 mil neste ano para reformar o prédio no qual a escola para 400 alunos funciona atualmente. 

Curitiba 

Colégio Estadual Amâncio Moro

A escola da Curitiba é a única que foi 100% concluída. A reforma e ampliação começou em 2013. O governo pagou R$ 2.893.920,65, mas o MP apontou que houve superfaturamento na construção, que tem bancos quebrados, vazamentos e materiais de baixa qualidade.

do G1


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