Atualmente, tais condições, das quais existem mais de 200, classificam-se como a 12ª principal causa de morte em todo o mundo. Portanto, além de evitar o abuso do álcool e manter um estilo de vida saudável, a ingestão frequente das bebidas é mais uma forma de manter seu fígado saudável.
Estudo
No estudo, publicado recentemente no periódico científico Journal of Hepatology, os pesquisadores examinaram dados de 2.424 participantes com 45 anos ou mais. Como parte do estudo, cada participante passou uma série de exames, envolvendo medição de índice de massa corporal (IMC), peso e altura, além de exames de sangue, fígado e imagem do abdômen, a fim de rastrear possíveis cicatrizes no fígado, que dão origem à fibrose. Os hábitos alimentares e alcoólicos dos voluntários também foram analisados a partir de um questionário com 389 perguntas, incluindo detalhes sobre o consumo de chá e café.
A partir desses dados, os voluntários foram divididos em categorias, de acordo com o padrão de consumo das bebidas. No caso do chá, as opções eram zero consumo, moderado (até três xícaras por dia), frequente (mais de três xícaras por dia). No que diz respeito ao chá, foi analisado apenas o tipo de chá consumido: verde, preto ou de ervas.
Prevenção
Os resultados mostraram que o consumo frequente de café (no mínimo três xícaras por dia) foi fortemente associado a baixos níveis de rigidez hepática. Os resultados se repetiram nas pessoas que consumiam qualquer tipo de chá de ervas e permaneceram mesmo após serem considerados fatores como estilo de vida e IMC dos participantes.
Além disso, em pacientes com gordura no fígado não relacionada ao consumo de álcool, o consumo frequente de café contribuiu para a redução da rigidez do órgão. Segundo os pesquisadores, isso indica que a ingestão das bebidas pode prevenir a doença antes mesmo dos primeiros sinais aparecerem.
Embora ainda não se saiba o mecanismo exato pelo qual as bebidas têm esse efeito protetor, acredita-se que os compostos anti-oxidantes presentes em ambos fluem na corrente sanguínea atingindo o fígado.
“Em uma dieta como a ocidental, rica em alimentos processados e artificiais, com pouco valor nutricional, potenciais benefícios em alimentos acessíveis e relativamente baratos, como o chá e o café, podem ser formas viáveis de reduzir os casos da doença”, disse Louise Alferink, principal autora do estudo, ao site especializado Medical News Today.
No entanto, os autores advertem que mais estudos são necessários para entender os mecanismos responsáveis por essa associação.
Consumo máximo de café por dia
É importante ressaltar que embora o café traga vários benefícios para a saúde, há um consumo máximo diário para evitar que a bebida passe a causar prejuízos. Uma revisão de mais de 400 estudos sobre o assunto concluiu que a ingestão de cafeína por dia não deve ultrapassar 400 mg, o que corresponde a três xícaras de 150 ml de café coado ou cinco shots de 30 ml de café expresso.
de VEJA