Sindicatos pedem cassação de vereador após ofensas durante greve geral

No dia da paralisação, o vereador publicou um vídeo nas redes sociais no qual aparece chamando alguns manifestantes de “vagabundos”.

“Se faz isso em frente da minha loja vai todo mundo... eu desço o porrete em todo mundo”, disse no vídeo. 

De acordo com o advogado Jorge Custódio Ferreira, o vereador ofendeu os participantes da paralisação e incitou um crime. “Estamos pedindo a cassação como uma das medidas que cabe num caso como esse. Grave”, declarou.

Nesta quinta, também houve protesto na Câmara e as galerias ficaram lotadas. A sessão chegou a ser interrompida.

Os participantes mostravam nas faixas e no discurso a insatisfação em relação à atitude do vereador.

“Esse vereador, para nós, foi de uma infelicidade sem tamanho. E mais, é de uma arrogância, de uma prepotência, não admite que errou”, afirmou Eliel Joaquim dos Santos, do Sindicato dos Servidores Federais.

O servidor público Valmor Venturini acredita que, por ser um vereador, ele deveria representar todos os trabalhadores. “É uma covardia, né? Porque ele não desceu do carro e conversou com as pessoas, né? Da maneira... uma agressão gratuita, sem sentido”, argumentou.

Em entrevista coletiva, o vereador Filipe Barros reafirmou as críticas feitas no vídeo.

“As críticas que eu faço, sempre fiz, e continuarei fazendo às entidades sindicais, aos sindicatos, eu as reafirmo. E já me manifestei inclusive na sessão anterior que a forma com que as fiz foi inadequada. Porém, reafirmo todas as críticas”, declarou.

do G1