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Postado dia 04/04/2017 às 03:33:40

Hormônios da felicidade: saiba como estimular seus efeitos

Qual o segredo da felicidade? Independente de amor ou dinheiro, a ciência sugere que ele está mais perto e mais fácil do que imaginamos. Segundo endocrinologistas e neurocientistas, podemos encontrar a felicidade a partir de quatro substâncias químicas naturais do corpo humano, neurotransmissores conhecidos como o “quarteto da felicidade”: endorfina, serotonina, dopamina e oxitocina. “Quando o seu cérebro emite uma dessas químicas, você se sente bem”, explicou à BBC Loretta Breuning, autora do livro Hábitos de um Cérebro Feliz (tradução livre do inglês Habits of a Happy Brain).

No entanto, essas substâncias não surgem com frequência, precisando, muitas vezes, de estímulos externos. “Seria bom que surgissem o tempo todo, mas não funciona assim. Cada substância da felicidade tem um trabalho especial para fazer e se apaga assim que o trabalho é feito”, disse Loretta, que também professora na Universidade Estadual da Califórnia, nos Estados Unidos.

Segundo informações da rede BBC, existem várias formas de estimular a liberação desses compostos, sem a necessidade de drogas ou substâncias nocivas à saúde. Saiba como ativar essas reações químicas e ser mais feliz:

Endorfinas

As endorfinas agem como uma espécie de analgésico, mascarando a dor física. Alimentos picantes podem ser um dos fatores que desencadeiam a liberação da substância nos neurônios. De acordo com uma pesquisa da Universidade de Oxford, no Reino Unido, filmes tristes também ajudam a elevar os níveis das endorfinas, assim como dançar, cantar e realizar atividades em equipe. “Aqueles que tiveram maior resposta emocional também registraram maior aumento na resistência a dores e sentimento de unidade em grupo”, disse à BBC Robin Dunbar, autor do estudo especialista em psicologia evolutiva, ressaltando a importância da substância no sentimento de união social.

Serotonina

Praticar atividades físicas, como corrida, ciclismo e exercícios aeróbicos, é uma maneira de estimular o aumento dos níveis de serotonina. A ausência do neurotransmissor está ligada ao sentimento de solidão e depressão. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a depressão é a principal causa principal de invalidez no mundo. Segundo Alex Korb, neurocientista do site Psychology Today, uma das principais estratégias para melhorar os níveis da substância é recordar momentos felizes, como conversar com amigos, receber mensagens e rever fotos antigas.

Dopamina

Responsável pela libido e pelo sentimento de amor, essa substância é conhecida como a mediadora do prazer. “Baixos níveis de dopamina fazem com que pessoas e outros animais sejam menos propensos a trabalhar para um propósito”, afirmou à BBC John Salamone, professor de psicologia na Universidade de Connecticut, nos Estados Unidos. Segundo ele, a dopamina está mais relacionada à motivação do que ao prazer final. Para elevar seus níveis, os especialistas recomendam definir metas de curto prazo, mesmo para situações básicas do cotidiano, como encontrar uma vaga para estacionar o carro ou dividir metas mais longas para que sejam, aos poucos, alcançadas e celebradas.

Ocitocina

O hormônio do amor, como é conhecido, está relacionado ao comportamento e ao vínculo social, tanto físico quanto emocional. Os níveis dessa substância podem ser elevados até mesmo com um simples abraço. O neurotransmissor tem um papel importante durante a maternidade, principalmente no período de amamentação. “A ligação social é essencial para a sobrevivência das espécies, uma vez que favorece a reprodução, proteção contra predadores e mudanças ambientais, além de promover o desenvolvimento do cérebro“, explicou Navneet Magon, ginecologista e obstetra em um estudo publicado em 2011.

Ele ainda considera que a ocitocina é a mais importante do quarteto. “A exclusão do grupo produz transtornos físicos e mentais no indivíduo, e, eventualmente, leva à morte. É um composto cerebral importante na construção da confiança, que é necessária para desenvolver relacionamentos emocionais“, concluiu. Segundo Loretta, da Universidade da Califórnia, dar ‘pequenos passos’ nas relações sociais, negociando expectativas e permitindo a construção da confiança é uma boa técnica para estabelecer um vínculo emocional saudável. 

de VEJA


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