Balsas continuam ligando cidades no Paraná

As balsas em todo o Paraná já foram o principal meio de transporte para transposição de rios, antes das construções de pontes. Ainda hoje, existem cerca de 80 cidades paranaenses que ainda contam com os serviços.

“Antes da construção da ponte em Diamante do Norte o movimento no Porto São José era bem maior por causa da balsa, que era o único meio de atravessar o Rio Paraná nessa região”, lembrou o morador Edir Carvalho.   

Na região da Amunpar (Associação dos Municípios do Noroeste Paranaense), existem cinco balsas realizando a travessia de rios. São as de Terra Rica, que faz a travessia do Rio Paranapanema a cidade Euclides da Cunha, no Estado de São Paulo; as que fazem a travessia do Rio Ivaí são as de São Carlos do Ivaí que faz a ligação com a cidade de Japurá; a de Mirador para quem quer chegar a cidade de Guaporema; a de Querência do Norte até a cidade de Icaraíma.

A que mais tem movimento é a que faz a travessia do Rio Paraná, em São Pedro do Paraná no Distrito de Porto São José para a cidade de Batayporã, no estado do Mato Grosso do Sul. Por esta balsa passam diariamente veículos de passeio, motocicletas, caminhões de carga, boiadeiros e pedestres. É nela também onde a tarifa cobrada é a mais cara, chegando a R$ 110,00 para caminhões acima de sete eixos.    

Para o caminhoneiro Milton Roberto de Oliveira, o valor de R$ 110,00 é muito alto e a balsa é única opção para chegar ao Mato Grosso do Sul para veículos acima de sete eixos. “Eu não posso ir pela rodovia porque tenho que passar por um pequeno trecho de estrada no estado de São Paulo, onde é proibido rodar caminhões com mais de sete eixos”, disse o motorista que aguardava a balsa para travessia do adubo transportado na carreta. “Além do preço alto ainda vou ter que rodar cerca de 70 quilômetros de estrada de terra até chegar no meu destino”, lamentou o motorista.

A Secretaria Estadual dos Transportes mantém um cadastro atualizado das balsas que fazem a travessia de rios no interior do Paraná e nas divisas com Estados vizinhos, e na fronteira com o Paraguai. Atualmente existem 65 pontos de travessias, que integram o sistema multimodal de transporte no Estado.

As balsas pertencem aos municípios algumas foram dada a concessão de uso a iniciativa privada, ambos são responsáveis pela manutenção e segurança das embarcações, que também recebem a fiscalização da Marinha do Brasil.

Lembrando que todas as balsas têm e tiveram um importante papel no desenvolvimento regional de todo o Extremo-Noroeste, foram através delas que eram escoadas a produção agrícola e a porta de entrada dos pioneiros. Foram nas proximidades das balsas os primeiros registros de aglutinação de moradores, formando as primeiras colônias de moradores.     

Confira os horários e tarifas de cada balsa

Terra Rica a Euclides da Cunha
Horários - 6h, 7h30, 9h, 10h30, 13h, 15h, 17h e 19h   
Preços - motos R$ 4,00, carros R$ 15,00, caminhão 3/4 R$ 18,00, caminhão toco R$ 22,00, caminhão trucado R$ 28,00, carreta R$ 40,00 e caminhões acima de sete eixos R$ 50,00

Porto São José a Batayporã, MS  
Horário - das 7h às 20h45
Preços - motos R$ 20,00, carros R$ 35,00, carros com reboque R$ 40,00, ônibus e caminhão toco R$ 45,00, caminhão trucado R$ 50,00, carreta R$ 70,00, caminhão acima de sete eixos R$ 110,00 e pedestres R$ 5,00.

Mirador a Guaporema  
Horário - das 7h às 20h30
Preços - a partir de R$ 5,00   

Querência do Norte a Icaraíma
Horário - das 7h às 20h30
Preços - a partir de R$ 5,00 para motos  

São Carlos a Japurá
Horário - 24h
Preços - motos e carros R$ 15,00, caminhão carregado R$ 40,00 vazio R$ 35,00, carreta carregada R$ 55,00 vazia R$ 50,00, caminhão trucado e acima de sete eixos R$ 45,00 carregado R$ 40,00 vazio. Pedestre não paga.  

do Diário do Noroeste

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