Estadas do Paraná podem ter cinco novos lotes de pedágios

As estradas do Paraná podem receber novos pedágios em cinco trechos das rodovias que juntos representam cerca de 1.380 quilômetros e seriam administradas pela iniciativa privada. O Anel de Integração tem atualmente 2.500 quilômetros de rodovias pedagiadas. O governo iria realizar melhorias nessas rodovias e depois repassar os lotes para administração da iniciativa privada. As informações estão em um documento do Departamento de Estradas e Rodagem (DER), enviado para a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), como resposta a um pedido de informações feito pelo deputado estadual Tercílio Turini (PPS).

Entre os lotes que estão em estudo para receber pedágio estão a PR-317 entre Maringá e a divisa com São Paulo, PR-466 entre Guarapuava e Pitanga, PR-092 entre Jaguariaíva e Santo Antônio da Platina, PR-280 entre General Carneiro e Francisco Beltrão e PR-445 entre Londrina e Mauá da Serra, PR-170 entre Rolândia e Porecatu e PR-090 entre Bela Vista do Paraíso e Alvorada do Sul.

Em entrevista à BandNews Curitiba o deputado afirmou que os pedágios vão afetar o desenvolvimento de cidades como Londrina. “O governo pretende colocar cinco novos lotes de pedágios no Paraná, sendo que um deles seria em Londrina, só nesse lote de Londrina seriam três praças de pedágio (…). Me parece que é um grande problema, hoje nós estamos há 400 quilômetros de Curitiba e Londrina e já pagamos cinco pedágios caríssimos. Se for colocado um novo pedágio na 445, que é a rodovia que sai de Londrina para Curitiba, isso vai impactar negativamente não só no bolso, mas principalmente para quem é produtor e para as empresas que tem levar suas mercadorias para a região metropolitana e principalmente para o porto de Paranaguá”, disse.

Ainda de acordo com o documento, o formato será de investimento do parceiro privado que é remunerado diretamente pelas tarifas pagas pelo usuário, sem que sejam necessários orçamentos do Estado. As localizações seriam indicadas por estudos das empresas que apontariam a quantidade e localização das praças.

Também em entrevista à BandNews Curitiba, o secretário de Infraestrutura e Logística do Paraná, José Richa Filho, afirmou que os lotes ainda estão em estudo e que antes de serem implantados, serão realizados estudos para definir os preços das tarifas e que os pedágios são necessários para que o estado consiga efetuar todas as obras necessárias. “As intervenções necessárias não consegue, infelizmente não há recursos suficiente para fazer tudo o que se precisa em termos de rodovias. Nós temos condições de atuar pontualmente nos principais trechos para se fazer as obras, agora todo trecho … a nossa malha é muito grande nós infelizmente não temos a correspondência em relação ao governo federal. Tem que colocar um dado de concessão atual, quase 20% do que se paga em tarifa são impostos federais e para que a gente possa atender a demanda não tem outra saída”, disse.

do Paraná Portal

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