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Postado dia 02/09/2015 às 16:09:03

Petrobras autoriza para as refinarias 15% de aumento no gás de cozinha

Nesta terça-feira (1), o botijão de gás passou a sair das refinarias 15% mais caro. E quem não pesquisou, já sentiu a diferença no bolso. Elisa não parou o dia inteiro: vendeu gás que nem água. Já a Deise trabalhou muito menos do que de costume.

A correria da Elisa tem uma explicação – vendeu o botijão pelo preço antigo, R$ 50.

“Ainda não foi repassado o aumento não porque o meu caminhão ainda não chegou. Assim que o meu caminhão chegar e eu estiver com a nota na mão, aí sim vou repassar o aumento”, explicou Elisa no telefone a um consumidor.

Essa revenda reajustou os preços e o movimento caiu. O telefone costumava a tocar 90 vezes por dia e nessa terça-feira (1º), está em silêncio.

A Deise, que passa o dia nas planilhas, cuidando das vendas, está precisando de muita paciência. Quando o telefone tocou, ela teve que explicar aos clientes que a Petrobras autorizou pras refinarias 15% de aumento no gás de cozinha.

“Todo o dia eu recebo gás. Se me passaram aumento hoje, eu já recebo amanhã com aumento. Então eu não consigo passar para o consumidor nem um dia a mais do que eu recebi, porque eu só trabalho com o gás do dia que eu recebo”, explicou Vinícius Lemos, dono da revendedora.

O preço do gás nas refinarias não subia desde dezembro de 2002. Não que o consumidor não tenha pago aumentos nesses 13 anos. O preço final do botijão também depende de outros fatores, como custo da mão de obra. 

De janeiro de 2003 até semana passada, o valor subiu de R$ 29 para R$ 46. O mercado de gás é livre no país e o preço varia muito. Antes do aumento, o Rio de Janeiro tinha o preço mais baixo: R$ 29,99. O mais caro foi no Mato Grosso: R$ 69,00.

O sindicato das distribuidoras diz que o que causa essa variação tão grande é diferença do ICMS de um estado pro outro e também os custos de transporte.

Sérgio Bandeira de Mello, presidente do SINDGAS: O consumidor tem que pesquisar. Ou seja, a gente não recomenda que ele compre o produto mais barato correndo risco de encontrar um produto adulterado, mas que sim, ele exerça seu papel. Existe diferença de preço dentro de um próprio bairro. A pesquisa de monitoramento da Agência Nacional de Petróleo apresenta diferenças de R$ 5, R$ 6 num próprio bairro.

Quem não pesquisa, pode perder dinheiro. Mas quem pesquisa, não pode perder a calma.

do Jornal Nacional


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