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Postado dia 22/05/2015 às 15:09:02

Pesquisa mostra que 20% dos estudantes já praticaram bullying

Os casos de bullying estão aumentando. Uma pesquisa feita com mais de 100 mil alunos de escolas públicas e particulares de todo o Brasil mostra que 20% dos estudantes já praticaram esse tipo de agressão.

Uma estudante, que não quer mostrar o rosto, passou maus bocados no colégio. Ela foi humilhada por um grupo de alunas que nem conhecia. “Me chamaram de gorda, baleia. Elas pegam em um ponto que me incomoda muito assim”, afirma.

Por causa das agressões sofridas há quatro anos, ela vem recebendo apoio psicológico. “Tinha problemas de andar na rua, olhar para o rosto das pessoas, eu sempre me senti inferior, eu andava olhando para o chão, não fazia muito contato visual”, diz a estudante.

No bullying, as vítimas são humilhadas e intimidadas repetidas vezes. E o agressor, geralmente do mesmo sexo e idade, faz isso intencionalmente. Uma pesquisa realizada em todo o Brasil com 109 mil estudantes do nono ano do ensino fundamental mostrou que 20% deles já praticaram bullying contra os colegas. E que as agressões partem mais dos meninos do que das meninas.

Na pesquisa, os entrevistados responderam também sobre o motivo das agressões contra os colegas. Uma surpresa: 51% deles não souberam explicar as razões. E os que conseguiram, disseram que implicavam com outros alunos da escola por causa da aparência do corpo, do rosto, da cor da pele, da orientação sexual e região de origem.

O estudo foi feito pelo ministério da Saúde aplicado pelo IBGE, em escolas públicas e particulares, inclusive na zona rural. E os casos aumentaram nos últimos anos, explica essa professora da escola de enfermagem da USP de Ribeirão Preto, que participou da pesquisa. “Mais do que pensarmos que ele aumentou porque a população adolescente está mais violenta, pode estar agregado ao fato de que ela está consciente e portanto ela consegue descrever e se encaixar nesse tipo de violência”, diz Marta Angélica Iossi Silva.

As vítimas de bullying têm prejuízo no rendimento escolar e nos relacionamentos com os amigos e a família. A psicóloga Danielle Zeoti diz que não só quem sofre a violência mas também o agressor precisa de ajuda. “Ele tem mais risco de se envolver com drogas, ele tem mais risco de se envolver em acidentes e em problemas com a lei. Então, o agressor precisa de ajuda sim, precisa ser tratado também tanto quanto a vítima”, afirma.

do Jornal Hoje


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