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Postado dia 04/03/2015 às 19:22:41

Em assembleia, professores decidem manter greve da rede estadual

do G1

Os professores e funcionários da rede estadual de ensino do Paraná decidiram manter a greve da categoria, que completa 24 dias nesta quarta-feira (4). Os servidores se reúnem no Estádio da Vila Capanema, em Curitiba, e iniciaram a reunião por volta das 9h30. Cerca de 20 mil servidores participaram.

"Nossa greve vai continuar por tempo indeterminado por causa do impasse como governo, que fechou as portas para a negociação", afirmou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Paraná (APP-Sindicato), Hermes Leão.

Depois de deixarem a Vila, os educadores vão seguir em passeata até Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) para acompanhar a votação do projeto de lei que extingue a prática de Comissão Geral no Legislativo paranaense. A intenção do governo em votar o "pacotaço" em Comissão Geral foi alvo de várias reivindicações dos educadores.

As principais reivindicações da categoria são os pagamentos de promoções e progressões de carreira que estão atrasados. Quase um milhão de alunos da rede estadual estão sem aulas desde o dia 9 de fevereiro, quando o ano letivo deveria ter iniciado. A mobilização dos servidores reúne cerca de 100 mil pessoas em todo o estado.

Governo e trabalhadores já se reuniram três vezes para traçar um acordo, que, apesar de avanços elencados por ambas as partes, ainda não se concretizaram. Entre as propostas da administração estadual está a não apresentação de qualquer projeto de lei que suprima direitos dos servidores públicos e, em particular, dos educadores.

 

Posição do governo

Em nota, o governo estadual argumentou que atendeu toda a pauta de reivindicações apresentada pela APP durante as negociações e que "lamenta" a decisão dos servidores em manter a greve.

"O governo espera que os professores e servidores da Educação reavaliem a decisão e retornem às salas de aula o mais breve possível, para que os estudantes e suas famílias não sejam ainda mais prejudicados por uma paralisação que não tem mais justificativas", diz um trecho da nota.

Em meio às negociações, o governador Beto Richa (PSDB) chegou a reconhecer que "cometeu erros" sobre as medidas apresentadas no pacotaço. "Eu confesso que cometemos alguns erros, alguns equívocos, no direcionamento do encaminhamento dessas propostas à Assembleia Legislativa. Deveríamos ter discutido um pouco melhor com a sociedade".

Exceções

Em meio à greve, a Escola Estadual Nossa Senhora de Salete, no Bacacheri, em Curitiba, decidiu retomar as aulas. Na segunda-feira (2), dos 231 estudantes matriculados no período da manhã, cerca de 120 compareceram ao colégio. Entretanto, o número aumentou nesta terça-feira (3), com 144 alunos presentes nas salas de aula. Nesta quarta, por causa da assembleia, não haverá aulas.

No Colégio Estadual Pedro Ernesto Galer, no distrito de Sede Alvorada, em Cascavel, no oeste, as aulas também voltaram na segunda-feira.  O colégio conta com 160 alunos do 6º ao 9º ano e do ensino médio e funciona no mesmo prédio de uma escola municipal. Este, segundo a direção, é um dos motivos para a retomada das aulas, já que o transporte escolar é o mesmo para todos os estudantes, influenciando no calendário escolar.

Professores seguem em caminhada para a Assembleia Legislativa  (Foto: Daiane Baú / G1)
 
Professores seguem em caminhada para a Assembleia Legislativa (Foto: Daiane Baú / G1)

 


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