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Postado dia 04/03/2015 às 00:24:19

Contrabando provoca prejuízo de R$ 100 bilhões ao Brasil

Uma pesquisa divulgada nesta terça-feira (3), Dia Nacional de Combate ao Contrabando, revelou que o prejuízo no Brasil com esses produtos ilegais chega a R$100 bilhões.

Em uma ação simbólica, a máquina tritura a muamba, reduz a pó o tema principal de uma pesquisa que durou 3 anos. O Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras entrevistou donos de lojas no Brasil, no Paraguai e até contrabandistas. O resultado é um raio-x desse crime que emprega 15 mil pessoas só na região de fronteira.

As mercadorias saem de Cidade do Leste e entram no Brasil por Foz do Iguaçu e pelo lago de Itaipu. Dali seguem quase sempre por terra para várias regiões do país, principalmente São Paulo.

As lojas de comércio popular são apontadas como os maiores pontos de venda e distribuição de contrabando - o crime faz estragos na economia brasileira.

"O Brasil perde hoje cerca de R$ 100 bilhões anualmente com contrabando e a falsificação. Essas perdas se dão tanto em arrecadação tributária como em perda de faturamento das indústrias legalmente estabelecidas”, explica o diretor da Associação Brasileira de Combate ao Contrabando, Rodolpho Ramazzini.

“Nós estamos competindo contra quem não paga imposto algum, quem não gera emprego formal, quem não tem preocupação com a Previdência, usa o subemprego e até o trabalho escravo”, diz Edson Vismoma, do Fórum Nacional contra Pirataria e Ilegalidade.

Na lista dos produtos mais contrabandeados aparecem equipamentos de informática, eletrônicos e principalmente cigarros. É um esquema com mercado imenso e muito rentável. A carteira de cigarros vendida no Paraguai por R$ 0,70 depois é vendida no Brasil por até R$ 2,40. E esse lucro está mudando até na estrutura do crime do organizado na fronteira.

“Há um lucro maior com cigarro do que haveria com drogas e a pena é menor no cigarro do que nas drogas”, afirma o delegado da receita federal José Carlos de Araújo.

A pesquisa também aponta falhas na fiscalização que não consegue vigiar nossas fronteiras. Só uma pequena parte das mercadorias contrabandeadas acaba sendo apreendida. Os organizadores do estudo sugerem algumas ações para tentar reduzir esse mercado clandestino: reforço na segurança das fronteiras, apoio brasileiro para fortalecer a economia do Paraguai e redução da carga de impostos.

“Diminuindo essa carga tributária, você traz mais competitividade ao produto nacional, ou ao produto que entra legalmente no Brasil e nós vamos ter consequentemente menos contrabando”, diz Luciano Stremel Barros, do Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras.

do Jornal Nacional


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