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Postado dia 09/10/2014

Conheça a história de Jataizinho, de Dom Pedro II aos dias atuais

História de Jataizinho, de Dom Pedro II aos dias atuaisA história de Jataizinho, construída ao longo dos 500 anos do descobrimento do Brasil sempre esteve ligada aos interesses da colonização, ora da Coroa Espanhola, do Governo Monárquico ou do Sistema Republicano Brasileiro.

Na primeira metade do século XVII, Jataizinho era pertencente à Espanha e se estabeleceu enquanto Redução Jesuítica de São José, às margens do rio Tibagi. Devido à ação dos bandeirantes, que iam atrás de expansão de território, índios e pedras, o local tornou-se um pequeno porto comercial ligado à exploração de diamantes.

No século XIX, em virtude de conflitos fronteiriços com países vizinhos, interesses imperialistas da Inglaterra e novamente a política de povoamento, D. Pedro II estabelece a criação da Colônia Militar de Jataí, em 1851. Joaquim Francisco Lopes foi o encarregado do Barão de Antonina para a sua construção e vias de acesso.

A Colónia Militar teve extrema importância estratégica na vitória dos países aliados contra o Paraguai, conflito que arrasou em torno de 90% da população masculina paraguaia.

Devido ao grande número de nativos na região, Frei Timóteo de Castelnuovo é encarregado da construção do Aldeamento São Pedro de Alcântara, que é inaugurado em 1855. Em poucos anos passa a ser considerado o mais importante aldeamento da Província do Paraná, e em 1965 torna-se sede da Vice Prefeitura do Sul Brasileiro, ficando sob a jurisdição de Frei Timótedo de Castenuovo, os aldeamentos catequese de todo o Paraná e São Paulo.

Com o término da guerra a Colônia Militar deixou de ter importância e, com o fim do regime monárquico, os aldeamentos foram abandonados à própria sorte. Frei Timóteo falece em 1895 e a localidade regride populacional e comercialmente. 

A partir de 1920, a vila volta a ganhar impulso com a vinda de novas famílias do novo empreendimento de colonização do Governo Republicano, aliado ao capital internacional das companhias colonizadoras. 

Jatahy teve extrema importância para a efetiva colonização e progresso do Norte do Paraná, tornou-se o portal de entrada de muitas famílias que vinham de várias regiões do Brasil e do exterior, em busca do próprio pedaço de chão para plantar as sementes de um futuro melhor. Os imigrantes vinham atraídos pelas propagandas da alta qualidade das terras, que eram vendidas a prazo longo e preços baixos.

Jatahy possuía uma enorme extensão territorial, e de seu território foram desmembrados várias áreas que hoje são prósperos municípios: Londrina, Rolândia, Arapongas, Mandaguari, Maringá, ibiporã, Assaí, Cornélio Procópio, Ural, Sertanópolis, Jaguapitã e Rancho Alegre.

A travessia sobre o rio Tibagi, em direção ao "Norte Novo" tinha que ser feita através da Balsa ou de canoas, não havia ponte ferroviária nem rodoviária. A ferrovia só chegou a Jatahy em 1932. A ponte ferroviária sobre o rio Tibagi foi inaugurada em 1935 e transpôs a barreira entre o passado e o presente, viabilizando o extraordinário progresso de toda a região.

A construção dos prósperos municípios do “Norte do Paraná” nas décadas de 40 e 50 foi feita com a argila e areia extraídas de Jataí, que chegou a ser considerada a “Capital Nacional das Cerâmicas”, exportando manilhas, telhas e tijolos para todo o Brasil. 

Na atualidade, Jataizinho desponta-se com um diferencial sobre os outros municípios do Norte do Paraná, com uma bela história e relíquias de seu passado quinquenário, tendo em suas portas o belo e majestoso rio Tibagi, com extraordinário potencial de turismo e lazer, fontes de riqueza.          

A origem do nome Jatay é uma referência a grande quantidade de árvores na região que eram denominadas jatobás ou jataí. Em seus troncos, as abelhas que também eram denominadas jataí pelos índios coroados, nidificavam e produziam um excelente mel.

O esquecimento dessa região, ao norte do Paraná se dá por aproximadamente 25 anos, devido à morte de Frei Timóteo, ao término da Guerra do Paraguai e exílio de D. Pedro. A Igreja tenta restabelecer essa comunidade, mas não consegue porque não tem o apoio do governo republicano, que nega o subsídio à Colôni e ao Aldeamento, em 1912.

Novos colonos começam a chegar à região somente em 1920, vindos de São Paulo, Minas e Mato Grosso, tornando-se um centro de safristas de suínos devido à instalação da Swift Armour no Norte Paranaense, Inicia-se a 2ª fase da coIonização, período em que perde, ano após ano, a maior parte de seu território, que era forma do por uma vasta área que compreendia todo o norte do Paraná, até o rio Paraná.

Em 1920, pela lei nº 1.918, é criado o município de São Jerônimo e Jataí que tivera tanta importância para o império e fora tão extensa territorialmente, tendo sua área achegando até às margens do Rio Paraná, passando  a ser um de seus distritos.

O Governo do Estado do Paraná, com o intuito de dar novo impulso econômico à região, passa a vender as glebas de terra a preços baixos por causa do difícil acesso. As companhias de terras passam a investir nessa região com intenções de alto lucros futuros uma vez que Antônio Barbosa Ferraz Jr. consegue em 1920, do presidente do Estado do Paraná, uma concessão para a construção da Estrada de Ferro Noroeste do Paraná.

A Ação das Companhias Colonizadoras eram condições para a emancipação dos distritos de Jataí, significando a perda de toda a influência nas terras a oeste do rio Tibagi, em 1934. Em 1938 Jatahy é reduzida a categoria de Vila, passando a pertencer ao município de São Jerônimo da Serra, juntamente com os distritos de Assaí e Congoinhas, criados com território desmembrado de Jatahy. Rancho Alegre se desmembra de Jataí em 1963, tornando-se município.

A história de Jataí sempre esteve ligada aos interesses governamentais, ora fortificando-a militarmente e estabelecendo um projeto de aldeamento com o intuito de colonização, ora elevando a categoria de Freguesia, Vila, Município, Comarca, rebaixando-a para distrito de São Jerônimo e Assaí.

Na década de 20 a perda da sua autonomia política e administrativa teve como objetivo a melhor ação das companhias de colonização que acabaram por construir impérios nas terras que eram de Jataí.

A região dos prósperos municípios do "Norte do Paraná" na década de 40 e 50 foi feita com a argila e a areia extraídas de Jataí, que chegou a ser considerada a "Capital Nacional das Cerâmicas", exportando manilhas, telhas, tijolos para todo o Brasil.

A realidade é que Jataí, seu primeiro nome, tornou se Jataizinho em 1943 devido ter perdido a sua vasta extensão territorial, apresentando a diminuição até no nome, quando tornava um distrito do município de Assaí.

A origem do nome Jatahy é uma referência a grande quantidade de árvores na região que eram denominadas jatobás ou jataí (Hymenaeacourbaril). Em seus troncos, as abelhas que também eram denominadas jataí (Trigonajaty) pelos índios coroados, nidificavam e produziam um excelente mel.

Jataí possuía uma enorme extensão territorial, e através da ação das companhias colonizadoras vários municípios foram criados: Londrina, Rolândia, Arapongas, Mandaguari, Maringá, Ibiporã, Assaí, Cornélio Procópio, Uraí, Sertanópolis, Jaguapitã, entre outros. A emancipação dos vários distritos de Jataí significou a perda da influência nas terras a oeste do rio Tibagi.

O referencial em Jataizinho hoje, como no passado, é seu ponto estratégico reservado pela natureza, com a imensidão das águas do Tíbagi que batem às suas portas, e sua história construída ao longo de 500 anos, a mais bela entre todos os municípios, que pode e deve ser explorado enquanto pólo turístico, trazendo enfim o progresso, a qualidade de vida para toda a comunidade , sem tomar medidas que agridam a natureza.

A história oral, passada de geração a geração, traz as lembranças dos antepassados quando da convivência com as figuras  simples, mas marcantes de nossa História, como Frei Timóteo de Castelnuovo, Joaquim Francisco Lopes, a professora Adélia Antunes Lopes, João da Silva Machado (Barão de Antonina), tanto quanto nomes de personalidades como D. Pedro II e Princesa Isabel, que fizeram de nossa história, uma das mais ricas e belas do País.

A história nos traz a valorização do homem simples, desbravadores, educadores, colonizadores, índios, escravos que colaboraram e muitos que morreram para que o Brasil conseguisse sair vitorioso, também traz fatos importantes não só para a localidade, mas para todo o império. 

 

CENTENÁRIO DE JATAIZINHO

No dia 08 de agosto de 1955, Jataizinho comemorou o seu primeiro centenário de fundação. A data é alusiva a instalação do aldeamento de São Pedro de Alcântara ocorrida em 08 de agosto do ano de 1855. Este aldeamento é o povoado que deu origem a atual cidade de Jataizinho, instalado nas margens do rio Tibagi do lado oposto de onde ficava a Colônia Militar do Jatahy. Foi realizada uma grande na cidade com a presença de diversas autoridades federais, estaduais e municipais. A imagem de Nossa Senhora Imaculada Conceição doada pela princesa Isabel foi devolvida a paróquia de Jataizinho, ocorreu uma procissão e uma missa que marcaram a reintronização da imagem da padroeira do município. Diversas barracas temáticas acerca dos povos e das etnias que marcaram a colonização de Jataizinho marcaram presença no evento, assim como a realização de variadas competições esportivas, banquetes e desfile cívico com estudantes.

 

fonte: da Folha de Jataizinho


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