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Postado dia 07/08/2014

Jaboti, a capital paranaense dos morangos

 

Jaboti, a capital paranaense dos morangos

 

DO PORTAL DO AGRONEGÓCIO

Imagine então 4.600 toneladas de morangos! Esta é a safra anual estimada no município de Jaboti. Com tamanha produção, a cidade é a maior produtora de morangos do Estado, de acordo com dados da Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Paraná (Seab), sendo responsável por 17% da produção anual desta fruta, seguida de São José dos Pinhais com 13% dos morangos paranaenses.

Entre 20 e 25% dos 4.902 habitantes de Jaboti estão ligados direta ou indiretamente à produção do morango, isso faz da fruta a principal cultura no município que é essencialmente agrícola e também produz café, maracujá e leite. Com alta rentabilidade e grande produção em pequenas áreas o morango é a cultura ideal para os agricultores familiares, cerca de 300 famílias se dedicam a este cultivo.

"Atualmente o município tem cerca de 5,5 milhões de pés de morangos que estão distribuídos em 500 pequenas propriedades e somam aproximadamente 100 hectares", comenta o engenheiro agrônomo da Emater e secretário municipal de Agricultura, Pecuária e Meio Ambiente, Jean Pierre Correia Costa.

De acordo com ele, uma planta produz cerca de 850 gramas de morangos por safra. "No total os agricultores de Jaboti produzem mais de 4.600 toneladas de morangos e a venda deste produto rende mais de R$ 16 milhões", calcula.

Os morangos são embalados na própria lavoura em que são colhidos e como são altamente perecíveis, os frutos precisam ser escoados diariamente. A safra é distribuída e comercializada nos Ceasas dos municípios de Londrina, Maringá, Curitiba e Cascavel, além das cidades de Bauru e Presidente Prudente, no interior de São Paulo.

Com início no mês de março, a safra do morango segue até outubro, mas dependendo do manejo pode se estender até dezembro ou janeiro. O custo médio para o plantio de um hectare de morango é de cerca de R$ 94 mil e a produção desta área rende 46 mil quilos da fruta. "O preço da fruta varia durante a safra, mas se calcularmos um preço médio, a renda total do produtor pode chegar a R$ 160 mil", afirma o secretário. No entanto, para alcançar esse patamar é preciso muita dedicação. Há 17 anos o agricultor Donizete Barbosa trabalha cerca de 15 horas por dia na lavoura para colher e cuidar das plantas.

Para cultivar morangos, Donizete arrendou uma área de 0,6 hectare onde tem 30 mil plantas e na hora da colheira ele garante que toda a família coloca a mão na massa. "No pico da safra é preciso contratar de duas a três pessoas para ajudar, mas a mão de obra está muito cara e difícil de encontrar", comenta. Conforme o produtor, o maior desafio da cultura é conseguir comprar uma muda boa. "Dá para viver do morango, mas as mudas nacionais possuem qualidade inferior e adoecem com mais facilidade. As mudas importadas são muito caras, porém mais resistentes às pragas", salienta.


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